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Estado de Minas

Merkel desafia UE e incendeia mercados com indefini��o


postado em 24/11/2011 08:22

Depois de ser considerada por muito tempo como um problema perif�rico, a crise na Europa desembarca na Alemanha, a maior economia do continente, e reabre a onda de incertezas. Berlim rejeitou ontem o plano da Uni�o Europeia para salvar o euro e incendiou os mercados diante da indefini��o sobre qual ser� o caminho que o bloco tomar� para salvar a zona do euro. Os investidores responderam imediatamente e o Tesouro alem�o n�o conseguiu atrair demanda na emiss�o de pap�is da d�vida.

O fracasso no leil�o dos t�tulos alem�es associado a relat�rio do banco central da Gr�cia alertando sobre o risco de o pa�s sair da zona do euro fizeram os mercados despencarem em todo o mundo e o d�lar subir. No Brasil, a moeda fechou o dia com alta de 3,16% a R$ 1,863.

O decepcionante retorno na emiss�o alem� ocorreu depois de a chanceler Angela Merkel anunciar que n�o apoiaria o ambicioso projeto apresentado pela Comiss�o Europeia de criar eurob�nus, intervir diretamente no or�amento de cada pa�s da zona do euro e rever at� a no��o de soberania para obrigar governos a serem resgatados. Merkel foi clara: "Isso n�o vai funcionar".

O choque pol�tico entre Bruxelas e Berlim fez as d�vidas do mercado em rela��o ao futuro do euro abrir um novo cap�tulo na crise. Depois de sair da periferia e atingir alguns dos principais pa�ses da Europa, as d�vidas em rela��o � capacidade da zona do euro de se financiar chegou ao centro nevr�lgico do bloco. O objetivo da Alemanha era de emitir 6 bilh�es em t�tulos: vendeu apenas 3,9 bilh�es.

Berlim tentou minimizar o fracasso, dizendo ser um reflexo da deteriora��o generalizada do bloco. "Isso n�o significa que exista um obst�culo para o financiamento do or�amento", afirmou Joerg Mueller, porta-voz do Tesouro alem�o.

Nem todos est�o de acordo. "J� se est� dizendo no mercado que a Alemanha n�o � o santu�rio que se imagina", afirmou o UBS. "Foi um completo desastre", afirmou Marc Ostwald, analista Monument Securities de Londres. "Isso n�o � um bom sinal", disse.

Imediatamente ap�s o problema enfrentado pela Alemanha e a avalia��o do mercado de que a Fran�a n�o pode mais ser avaliada como AAA, o euro sofreu uma dura queda. Para o Danske Bank, a venda fracassada reflete "a desconfian�a profunda no projeto do euro".

Soberania - Ao anunciar uma proposta de maior controle sobre a zona do euro, o presidente da Comiss�o Europeia, Jos� Manuel Dur�o Barroso, foi enf�tico ontem. "A zona do euro est� amea�ada e ser� imposs�vel salv�-la de um colapso se n�o houver um controle central sobre como governos gastam dinheiro e como coletam impostos."

Pelo projeto, a UE teria poderes de avaliar or�amentos nacionais e rejeit�-los se n�o ficar claro como um pa�s pretende se financiar. Barroso garantiu que n�o se trata de uma eros�o do poder dos parlamentos, mas "soberania compartilhada". "Isso � melhor do que entregar a soberania real a mercados e especuladores", alertou.

O projeto ainda prev� um monitoramento permanente da UE sobre as contas dos Estados e o poder de obrig�-los a pedir um resgate se ficar provado que n�o t�m como pagar pelo menos 75% de suas d�vidas. Se o projeto tem o apoio de pa�ses perif�ricos, Merkel foi contundente. "O projeto � inadequado e lament�vel."

Merkel classificou como "extremamente preocupante" o fato de a UE fazer tais propostas. Na pr�tica, pa�ses como Alemanha ou Finl�ndia n�o querem compartilhar o custo de suas d�vidas com os demais governos e nem continuar bancando estados falidos. Barroso contra-atacou e, visivelmente irritado com a posi��o de Merkel, alertou que n�o cabe a um pa�s "dizer j� de in�cio que um debate n�o deve nem ocorrer".


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