Berlim, Paris e Roma se comprometeram a n�o mexer com a independ�ncia do Banco Central Europeu (BCE), afirmaram os l�deres desses pa�ses ap�s o encontro desta quinta-feira em Estrasburgo (leste da Fran�a), destinado a "acelerar" o plano de resgate da Eurozona.
Com isso, ap�s abrir em alta, os principais �ndices europeus fecharam o preg�o desta quinta-feira em leve queda. Contrariando a posi��o mantida ultimamente por v�rios dirigentes franceses, Sarkozy afirmou que os tr�s pa�ses n�o far�o mais declara��es "positivas ou negativas" sobre o BCE, cuja miss�o � garantir uma infla��o em torno de 2% na Eurozona.
A declara��o trouxe temores para os mercados, pois os investidores querem que o BCE deixe de lado sua ortodoxia monet�ria e compre maiores volumes de d�vida p�blica de pa�ses em apuros para reduzir os juros exigidos dos b�nus e contribuir para tornar sua d�vida sustent�vel.
Ap�s o an�ncio, os juros dos b�nus italianos a dez anos voltou a superar os 7%, n�vel considerado insustent�vel no longo prazo para que o pa�s possa seguir pagando sua d�vida.
Com isso, os dirigentes das tr�s maiores economias da Eurozona, Angela Merkel (Alemanha), Nicolas Sarkozy (Fran�a) e Mario Monti (It�lia) ampliaram a volatilidade do mercado ao inv�s de traquiliz�-lo, como pretendia o encontro, que teve in�cio �s 11H30 GMT (9H30 de Bras�lia) e foi seguido por uma coletiva de imprensa �s 13H00 GMT (11H00 de Bras�lia).
A Europa est� agora � espera de que o futuro presidente do governo espanhol, o conservador Mariano Rajoy, eleito nas legislativas antecipadas de domingo com maioria no Parlamento, e que assumir� depois de 20 de dezembro, anuncie medidas para reduzir o d�ficit.
Com um desemprego recorde e a beira da recess�o, Espanha e It�lia tem sido alvo de fortes ataques dos mercados e da especula��o financeira. Na It�lia, o rec�m-eleito Monti - ex-comiss�rio europeu que substituiu o direitista Silvio Bersluconi - tentou tranquilizar Fran�a e Alemanha sobre as medidas que implementar� para evitar um cont�gio da crise da d�vida em seu pa�s.
A tarefa n�o � f�cil, pois a It�lia, com uma d�vida de 1,9 trilh�o de euros (120% de seu PIB), precisa mostrar na pr�tica que est� decidida a respeitar seus compromissos para reduzir seu d�ficit e levar adiante reformas estruturais.