Quarta-feira est� chegando e com ela o pagamento da primeira parcela do 13º sal�rio. O dinheiro extra ir� beneficiar 78 milh�es de brasileiros – 8,3 milh�es deles em Minas Gerais – com a inje��o de parte dos R$ 118 bilh�es previstos at� dezembro. O estado ir� movimentar no pr�ximo m�s quase R$ 15 bilh�es por conta da libera��o do benef�cio. Para 60% dos trabalhadores contemplados, esse dinheiro j� tem destino certo: o pagamento de d�vidas e a recupera��o do cr�dito para consumo no Natal. Para aqueles que n�o pretendem colocar a m�o no dinheiro e sim guard�-lo, como a auxiliar de atendimento D�ria Carolina de Oliveira, h� diversas op��es de investimento que v�o al�m da boa e velha poupan�a.
“� a primeira vez que vou poupar o 13º. A minha prioridade agora � meu apartamento”, conta D�ria, que j� planeja tamb�m guardar o benef�cio do pr�ximo ano. “Estou economizando para poder pagar a �ltima parcela na entrega das chaves, no final de 2013”, acrescenta. Para quem est� fazendo um p� de meia com o objetivo de adquirir um bem, seja ele um carro, apartamento ou reforma da casa, o ideal � investir em produtos financeiros mais conservadores.
Entre os analistas de mercado, a aquisi��o de t�tulos p�blicos – pap�is lan�ados pelo governo, podendo ser do Tesouro Nacional ou do Banco Central (BC) – � consenso. “Os t�tulos garantem a seguran�a necess�ria para n�o enfrentar volatilidades. Toda quarta-feira � poss�vel vend�-los e, na quinta, o dinheiro j� est� na conta”, explica o gerente comercial de �gora Corretora, Helio Pio. O investimento inicial � R$ 100 e � preciso considerar que h� op��es de t�tulos pr� e p�s-fixados. No caso dos p�s-fixados, o rendimento pode estar atrelado � varia��o do �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) ou � taxa Selic, de acordo com o que o investidor avalia ter maior probabilidade de expans�o nos meses seguintes.
Para se ter uma ideia, um t�tulo (NTN-B) indexado ao IPCA com vencimento em 15 de maio de 2013 j� rende ao ano 15,19%. Al�m de taxa de administra��o e cust�dia, tamb�m h� incid�ncia de Imposto de Renda (IR), cobrado na venda do papel. Por isso, a orienta��o da gestora comercial da Planner Corretora, Priscila Vargas, � sempre colocar os custos do produto financeiro na ponta do l�pis. “Eles podem representar perda de boa parte da rentabilidade”, avalia. O ideal � pesquisar entre as diversas institui��es financeiras e corretoras que oferecem o servi�o para buscar as melhores condi��es. Outra op��o apresentada pela especialista s�o as Letras de Cr�dito Imobili�rio (LCI), que n�o exigem pagamento de IR. “O investimento deve estar bem alinhado aos objetivos do cliente levando em conta o tempo que pretende ter retorno”, observa.
Para os mais arrojados, que n�o precisam do dinheiro a curto prazo e est�o pensando at� mesmo em iniciar a reserva de recursos para a aposentadoria, h� possibilidade de arriscar mais. “Nesses casos, � poss�vel iniciar posi��es no mercado de a��es”, orienta o analista de investimentos da XP Investimentos, Rossano Ultramari. “Nossa bolsa est� em um n�vel muito baixo. Portanto, para os investidores que acreditam nas empresas e no crescimento da economia, essa � uma boa op��o”, pondera o consultor financeiro Erasmo Vieira.
Diferen�a
Apesar de a poupan�a ainda reinar na mente dos brasileiros como op��o imediata de investimento, Rossano Ultramari alerta para a diferen�a que 0,1% de rendimento ao m�s pode fazer nas contas depois de v�rios anos. Segundo c�lculos do especialista, em 20 anos, a diferen�a em uma aplica��o de R$ 10 mil em um produto financeiro com rendimento de 0,8% ao m�s e outro de 0,9%, pode chegar a R$ 18 mil. “No Brasil existe uma cultura de investimento a curto prazo, mas se pensando a longo, a diferen�a � muito grande”, alerta.