Apesar dos sinais de desaquecimento da economia, o desemprego no pa�s dever� fechar o ano em queda. � no que acredita o economista S�rgio Mendon�a, t�cnico do Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese ), respons�vel pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), feita em conjunto com a Funda��o Sistema Estadual de An�lise de Dados (Funda��o Seade).
Com base no desempenho do mercado em outubro, ele prev� para os meses de novembro e dezembro taxas em decl�nio. Entre setembro e outubro, a taxa caiu de 10,6% para 10,1%, a menor varia��o desde janeiro de 2009. Nas sete regi�es metropolitanas pesquisadas - Salvador, S�o Paulo, Recife, Porto Alegre, Fortaleza, Belo Horizonte e Distrito Federal - o n�mero de desempregados somou 2,24 milh�es.
Mendon�a observou que, mesmo diante do crescimento mais moderado da economia, h� melhora na situa��o do n�vel de emprego, em especial, em rela��o �s contrata��es com carteira assinada. Em S�o Paulo, por exemplo, apenas 15% dos trabalhadores s�o informais.
A regi�o metropolitana de Recife foi a que apresentou a maior taxa de aumento do rendimento m�dio dos ocupados (2,3%) na varia��o mensal. Mas foi a regi�o na qual as oportunidades de emprego mais cresceram, principalmente na constru��o civil, com eleva��o de 2,7% no n�vel de ocupa��o. No entanto, a Grande Recife ocupa ainda a segunda coloca��o no ranking de desempregados em rela��o � popula��o economicamente ativa (PEA), com a taxa 13,5%, em outubro, ante 13,9%, em setembro.
A �nica exce��o foi Salvador, onde a taxa ficou praticamente est�vel, passando de 15,8% para 15,9%. Na regi�o metropolitana de S�o Paulo, a taxa recuou para um d�gito, com 9,9% ante 10,6%, o menor n�vel dos �ltimos 20 anos, empatado com janeiro de 1991.
“Mesmo com a turbul�ncia no mercado internacional, aqui no Brasil n�s continuamos com a tend�ncia de redu��o da taxa”, pontuou Alexandre Loloian, coordenador da PED pela Funda��o Seade.
Nos 39 munic�pios da regi�o metropolitana de S�o Paulo, o total de desempregados foi estimado em l,066 milh�o, o que significa queda de 78 mil em compara��o ao m�s anterior. Como 22 mil pessoas deixaram o mercado de trabalho no per�odo, o n�mero de novas vagas atingiu 56 mil. Os setor de servi�os foi o que mais contratou, 68 mil, ou l,4% a mais que no m�s anterior. Mas foi na ind�stria que se registrou o maior percentual de avan�o (l,7%), com saldo de 30 mil novos empregados. J� o com�rcio teve um corte de 0,6% relativo a 10 mil demiss�es.