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Estado de Minas

Pot�ncias econ�micas se mobilizam em a��o para evitar crise ainda maior

Seis dos principais bancos centrais do mundo, incluindo o europeu, anunciam medidas para evitar um dos efeitos mais negativos da crise mundial, que � a contra��o de cr�dito


postado em 01/12/2011 06:00 / atualizado em 01/12/2011 06:40

Os bancos centrais do Canad�, do Reino Unido, do Jap�o, dos Estados Unidos, Su��a, al�m do Banco Central Europeu (BCE), anunciaram nessa quarta-feira uma a��o coordenada para evitar uma das piores consequ�ncias da crise financeira atual caso a situa��o deteriore: a contra��o de cr�dito.

O sistema banc�rio europeu est� carregado de t�tulos emitidos pelos pa�ses do continente, agora sob riscos variados de insolv�ncia financeira. Devido ao estado atual da crise, v�rios dessas na��es podem perder sua solv�ncia, o que amea�a as finan�as dos bancos e, por consequ�ncia, a circula��o de cr�dito tanto no Velho Continente quanto no restante do planeta.

A a��o conjunta, portanto, visa refor�ar, em car�ter preventivo, a circula��o de recursos no sistema financeiro. A partir de 5 de dezembro, os bancos centrais que fazem parte desse "pool" v�o rebaixar os custos das opera��es feitas com os demais bancos centrais.

Dessa forma, caso o sistema financeiro de uma regi�o necessite de recursos adicionais para manter a liquidez, o banco central do continente ou do pa�s ter� onde buscar recursos para manter sua fun��o de "emprestador de �ltima inst�ncia" para o setor privado.

Pelo comunicado oficial divulgado nessa quarta-feira pelo banco central brit�nico, essa redu��o pode valer at� fevereiro de 2013. Ainda conforme a nota oficial, o Banco da Inglaterra, o Banco do Jap�o, o BCE e o Banco Nacional da Su��a devem manter a pr�tica de oferecer linhas de curto prazo (tr�s meses) para as institui��es financeiras que necessitarem de recursos emergenciais.

Elogios

A diretora-gerente do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Christine Lagarde, que desembarca hoje no Brasil, elogiou a a��o coordenada de diversos bancos centrais. "O FMI s� pode receber uma not�cia assim com satisfa��o", disse ela durante entrevista coletiva concedida no Banco do M�xico. "Quando os banqueiros centrais adotam a��es decisivas de maneira coordenada, elas normalmente s�o extremamente eficazes, bem recebidas pelo mercado e t�m impacto imediato", declarou Lagarde.

Em resposta a uma pergunta feita durante a coletiva, Lagarde disse n�o ser da al�ada de um organismo multilateral como o FMI participar de uma a��o como a promovida pelos seis bancos centrais. "N�o vejo raz�o para coordenarmos a��es com bancos centrais. N�o somos um banco central", declarou.

A diretora-gerente do FMI reiterou ainda que a entidade est� pronta para ajudar pa�ses em dificuldade, mas n�o apenas dentro da Zona do Euro. Ela repetiu tamb�m que o Fundo n�o est� negociando nenhuma esp�cie de empr�stimo � It�lia ou � Espanha. A visita de Lagarde ao M�xico faz parte de um giro pela Am�rica Latina.

Outro que aprovou a medida dos BCs foi o secret�rio de Tesouro dos EUA, Thimoty Geithner. Ele afirmou que o governo americano apoia a a��o coordenada dos principais bancos centrais do mundo para fornecer empr�stimos emergenciais em d�lar, baratos, para os bancos europeus. "N�s apoiamos as a��es adotadas pelos bancos centrais para ajudar a aliviar a press�o sobre o sistema financeiro europeu e fortalecer a recupera��o econ�mica global", disse em comunicado.

 

 

Mercados reagem com otimismo

 

 As bolsas em todo o mundo fecharam o dia em forte alta embaladas pelo otimismo gerado pelas medidas dos seis maiores bancos centrais do mundo para aumentar a liquidez nos mercados e a redu��o dos dep�sitos compuls�rio de institui��es financeiras na China, que injetar� mais cr�dito na economia (veja ao lado). Na bolsa brasileira, o Ibovespa, que mede a varia��o das a��es mais negociadas, atingiu alta de 4,14% no in�cio da tarde, mas devolveu parte do ganho no final e fechou com alta de 2,85% aos 56.874 pontos.

� a maior valoriza��o di�ria desde 27 de outubro. Mas n�o suficiente para reverter o desempenho negativo em novembro. O �ndice encerrou o m�s com desvaloriza��o de 2,51%. O d�lar comercial operou o dia todo em queda e fechou em R$ 1,8128, 2% menos. � o quarto dia consecutivo de recuo da moeda norte-americana. Mesmo assim, terminou novembro com alta de 6,44%.

Na Europa, as bolsas recuperam as perdas dos �ltimos dias e, nos EUA, os preg�es tamb�m se animaram com a divulga��o da cria��o de 206 mil vagas de trabalho no setor privado, bem acima das proje��es do mercado, que sinalizavam a cria��o de 130 mil postos. 

 

Blindagem nos brasileiros

 

Para tentar blindar os bancos brasileiros contra os efeitos da crise internacional, o governo anunciou nessa quarta-feira medidas que protegem as institui��es financeiras mais vulner�veis, as de m�dio e pequeno porte. Al�m disso, ampliou a atua��o dos bancos brasileiros no exterior, o que deve aumentar especialmente o poder de fogo de casas como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) em um momento em que a oferta de cr�dito volta a rarear no mundo.

Uma das decis�es do Conselho Monet�rio Nacional (CMN) favorece os bancos de menor porte nas opera��es de venda de carteiras de cr�dito para institui��es maiores. A medida muda regras nos casos em que esses empr�stimos vendidos tenham inadimpl�ncia. Quando isso acontece, quem realizou o financiamento � o respons�vel por cobrir os custos do calote. Hoje, essa despesa � contabilizada de forma integral e imediata no balan�o do banco pequeno. Com a nova regra, a partir de 2012, essa institui��o poder� diluir esses custos durante todo o prazo da opera��o ou at� 2015

Calote

"A medida d� f�lego aos pequenos e m�dios bancos", disse o chefe do departamento de normas do Banco Central (BC), S�rgio Odilon dos Anjos, ao comentar que o efeito de eventual piora dos calotes ser� gradual e n�o prejudicar� o balan�o dessas institui��es. Analistas t�m alertado para o fato de que, caso a crise piore, a inadimpl�ncia tende a subir. 

 


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