Pol�tica econ�mica dos �ltimos anos protege Brasil da crise internacional, diz Lagarde

Como resultado da pol�tica econ�mica dos �ltimos anos, o Brasil � um dos pa�ses mais preparados para enfrentar o agravamento da crise internacional, disse nesta quinta-feira (1º) a diretora gerente do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Christine Lagarde. Em entrevista � imprensa junto com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ela declarou que o Brasil est� protegido pelos fundamentos macroecon�micos.

“Nenhum pa�s pode estar totalmente imune � crise, mas alguns est�o mais bem preparados que outros. Na nossa vis�o [do FMI], o Brasil est� mais protegido do que qualquer outro pa�s por causa da for�a do mercado interno e de boas pol�ticas financeiras e macroecon�micas”, destacou.

Para Lagarde, os tr�s pilares que regem a pol�tica econ�mica brasileira desde o fim da d�cada de 1990 – metas de infla��o, c�mbio flutuante e responsabilidade fiscal – garantem a robustez do pa�s neste momento de turbul�ncias econ�micas internacionais. “O Brasil passou por um hist�rico de crises e reconstru��o e hoje tem um sistema financeiro capitalizado e uma economia s�lida”, disse.

No encontro, foi discutida a situa��o econ�mica internacional e eventuais aportes que os pa�ses ter�o de fazer ao FMI para ampliar a capacidade de o Fundo ajudar pa�ses em dificuldade. O ministro da Fazenda ressaltou que esta foi a primeira vez que um dirigente do FMI vem ao Brasil pedir recursos, apesar de as negocia��es com os pa�ses emergentes se estenderem h� meses.

“Desta vez, o FMI n�o veio trazer dinheiro, mas pedir dinheiro para o Brasil emprestar a pa�ses avan�ados. Prefiro ser credor a devedor”, destacou Mantega. Apesar de ter se comprometido a ajudar o FMI, o ministro defendeu que o aporte seja feito por meio de acordos diretos entre o Fundo e o pa�s. Ele, no entanto, n�o especificou o montante que o Brasil pode emprestar.

Pela manh�, Lagarde encontrou-se com a presidenta Dilma Rousseff. Ela almo�ou com Mantega e, no momento, est� reunida com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.