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Estado de Minas

Plano de austeridade italiano � bem recebido pelos mercados


postado em 05/12/2011 17:08

O chefe do governo italiano, Mario Monti, apresentou nesta segunda-feira um novo pacote de austeridade draconiano, que foi bem recebido pelos mercados. Monti defendeu as medidas para evitar que a It�lia quebre e passe pela mesma crise que a Gr�cia.

"Sem este pacote, n�s acreditamos que a It�lia vai entrar em colapso e ficar em uma situa��o parecida com a da Gr�cia", advertiu o economista durante uma coletiva de imprensa.

O primeiro-ministro italiano assegurou que a It�lia "tem cumprido sua parte", ap�s aprovar no domingo um decreto de lei com um severo plano de medidas de ajuste para economizar 20 bilh�es de euros. As medidas incluem um endurecimento das aposentadorias e pens�es, assim como a quantia de 10 bilh�es de euros em investimentos para estimular o crescimento.

Com isso, as principais bolsas europeias encerraram a sess�o desta segunda-feira em alta. Segundo especialistas, o mercado apresentou tamb�m um certo nervosismo ante o discurso do presidente franc�s, Nicolas Sarkozy, e da chanceler alem�, Angela Merkel, que se reuniram em Paris. Ambos disseram esperar um "novo tratado" da Uni�o Europeia (UE) e um acordo entre os 17 membros da Eurozona "at� mar�o".

O �ndice Footsie-100 dos principais t�tulos da Bolsa de Londres ganhou 0,28%, fechando aos 5.567,96 pontos. O CAC 40 da Bolsa de Paris subiu 1,15%, para os 3.201,28 pontos. Em Frankfurt, o �ndice DAX fechou em alta de 0,42%, aos 6.106,09 pontos. J� o �ndice FTSE Mib, da Bolsa de Mil�o, registrou alta de 2,91%, aos 15.926 pontos. O IBEX 35 da Bolsa de Madri, por sua vez, ganhou 1,72%, aos 8.705,8 pontos, refletindo principalmente a alta das a��es dos bancos e superando os dados ruins da produ��o industrial espanhola, que registrou queda de 4% em um ano.

O ex-comiss�rio europeu defendeu a moeda �nica, o euro, e prometeu que seu pa�s voltar� a ser confi�vel, depois de ter sido considerado "uma fonte de infec��o" por seus parceiros europeus.

Monti convocou a Uni�o Europeia para "evitar que o euro, criado pelos europeus para uni-los, termine por dividi-los" diante da crise da d�vida, uma clara mensagem enviada � chanceler alem�, Angela Merkel, e o presidente franc�s, Nicolas Sarkozy, que se reuniram nesta segunda-feira em Paris.


O ajuste, criticado pelos sindicatos e pela confer�ncia episcopal italiana por ser injusto socialmente e por n�o mexer nas grandes fortunas, foi bem recebido pela bolsa de Mil�o, que abriu e se manteve em alta.

O pacote ser� apresentado ainda hoje na C�mara dos Deputados e no Senado. "Temos a absoluta necessidade e a profunda convic��o de querer salvar a It�lia com a contribui��o e o esfor�o de todos", afirmou Monti.

"Eu n�o diria que n�o tocaremos no patrim�nio dos ricos. N�o vou citar nomes, mas criamos uma esp�cie de imposto sobre as fortunas com uma taxa sobre as transa��es financeiras, um imposto sobre os patrim�nios imobili�rios, um imposto para os capitais que retornam de anistia e um imposto nos avi�es e helic�pteros particulares, assim como carros de luxo", explicou o economista.

No domingo, Monti anunciou "enormes sacrif�cios" para alcan�ar o equil�brio or�ament�rio em 2013, j� que os planos de austeridade de 60 bilh�es de euros adotados neste ano, n�o ser�o suficientes para atingir esta meta diante da contra��o da economia italiana.

As medidas s�o "socialmente insuport�veis" e constituem "um golpe muito duro para os aposentados", disse Susanna Camusso, l�der do maior sindicato do pa�s, CGIL. Para o l�der da maior forma��o de esquerda, o Partido Democr�tico, Pier Luigi Bersani, "o plano n�o atende aos crit�rios de igualdade" e "dever� ser corrigido".

Por sua vez, Monti afirmou "confiar no apoio do Parlamento", j� que a maioria dos partidos reconhece que a situa��o � grave. Mas � muito prov�vel que as medidas sejam revistas antes de serem adotadas.

As medidas do economista foram celebradas pela Comiss�o Europeia porque "seguem uma boa dire��o" e contribuem para dar uma resposta � crise da d�vida. Para conquistar a confian�a da Europa e de seus principais l�deres, Monti explicou seu plano de ajuste � imprensa internacional.


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