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Estado de Minas

Medidas do governo em 2010, infla��o e juros altos explicam desacelera��o


postado em 06/12/2011 12:56 / atualizado em 06/12/2011 13:00

A infla��o alta, a eleva��o da taxa de juros at� julho deste ano e a ado��o de medidas, pelo governo, para frear a economia no final de 2010 s�o algumas explica��es para que o Produto Interno Bruto (PIB) do pa�s n�o tenha crescido no terceiro trimestre deste ano, avaliou a gerente de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), Rebeca Palis.

Entre as chamadas “medidas macroprudenciais” adotadas pelo governo federal no final de 2010 est�o o aumento das exig�ncias para a concess�o de cr�dito, que impactaram, por exemplo, no financiamento para a compra de ve�culos. Isso fez com que as compras de autom�veis fossem reduzidas nos primeiros meses do ano e os estoques das montadoras de ve�culos aumentassem.

Segundo Rebeca Palis, com o aumento dos estoques, as montadoras reduziram a produ��o de autom�veis no terceiro trimestre deste ano e chegaram a dar f�rias coletivas. Essa queda foi um dos principais motivos que levaram � redu��o de 1,4% da produ��o na ind�stria de transforma��o e de 0,9% na ind�stria geral.

A eleva��o da taxa b�sica de juros (Selic) de 10,5%, no primeiro trimestre deste ano, para 12,2%, no terceiro trimestre, tamb�m contribu�ram para a desacelera��o da economia.

Apesar da queda na ind�stria de transforma��o, outros segmentos como a ind�stria extrativa mineral (com alta de 0,9%) e a constru��o civil (com alta de 0,2%) tiveram crescimento. A extrativa mineral foi influenciada pela produ��o de min�rio de ferro. J� a constru��o civil continuou seu bom desempenho, em virtude das obras do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) e das interven��es para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimp�adas de 2016.

A queda na produ��o da ind�stria acabou afetando tamb�m o setor de servi�os, que caiu 0,3%, com destaque para o com�rcio, que registrou redu��o de 1%. O que evitou que a economia brasileira registrasse queda no trimestre foi o crescimento de 3,2% da agropecu�ria, puxada pelo aumento da produtividade de safras como as do feij�o, da laranja e da mandioca.

Segundo Rebeca Palis, a economia no terceiro trimestre apresentou uma mudan�a de comportamento, j� que vinha de altas seguidas, como o crescimento de 0,7% no segundo trimestre e de 0,8% no primeiro trimestre deste ano.

“A gente teve uma desacelera��o importante da taxa de crescimento, inclusive apresentando crescimento nulo, e houve at� uma mudan�a da estrutura do que vinha acontecendo. Anteriormente, o crescimento da economia estava sendo puxado pelos servi�os. Nesse terceiro trimestre, foi puxado pela agropecu�ria”, disse.

Sob a �tica da demanda, o consumo das fam�lias caiu em 0,1% na compara��o do terceiro com o segundo trimestre deste ano, em parte devido � desvaloriza��o da renda familiar por conta da alta da infla��o, cuja taxa anualizada, medida pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), chegou a 7,31% em setembro.

Na compara��o com o terceiro trimestre do ano passado, o consumo das fam�lias continuou crescendo, pelo 32º trimestre consecutivo, mas a uma taxa mais baixa que em per�odos anteriores. Se no primeiro e segundo trimestres, os crescimentos foram de 6% e 5,6%, respectivamente, no terceiro trimestre, a alta foi de apenas 2,8%.

O consumo do governo tamb�m caiu (-0,7%), bem como a forma��o bruta de capital fixo, isto �, os investimentos (-0,2%). “O crescimento [da economia] vinha sendo muito puxado pelos investimentos, muito devido � importa��o de m�quinas e equipamentos, que vinha crescendo bastante. Os investimentos tiveram um desempenho pior que o consumo das fam�lias, o que n�o vinha acontecendo”, disse.

O crescimento das exporta��es foi o �nico elemento do PIB, sob a �tica da demanda, a apresentar crescimento (1,8%), na compara��o do terceiro com o segundo trimestre, resultado que superou, inclusive, as importa��es, que tiveram queda de 0,4%.


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