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Estado de Minas

Carne de porco sobra na mesa, mas falta no campo

Aumento na demanda pela carne su�na faz com que produtores se apressem para incrementar a oferta, que j� � insuficiente


postado em 09/12/2011 07:35

Consumo alto da carne de porco e falta do animal para atender o Mercado Central(foto: Renato Weil/EM/D.A Press)
Consumo alto da carne de porco e falta do animal para atender o Mercado Central (foto: Renato Weil/EM/D.A Press)
Pre�os at� 50% inferiores aos da carne de boi e os teores menores de gordura turbinaram o consumo dos cortes su�nos em Minas Gerais, pegando de surpresa os criadores. Com a chegada das festas de fim de ano, faltam animais para atender a demanda nas granjas de praticamente todas as regi�es produtoras do estado. A oferta da carne su�na nos a�ougues tem de ser garantida junto a fornecedores de S�o Paulo, do Paran� e Santa Catarina, mas os produtores mineiros j� est�o se mexendo para investir e compensar a desvantagem. Desde o come�o de novembro, a oferta de animais ficou aqu�m das vendas, de acordo com a Associa��o dos Suinocultores de Minas (Asemg). Conforme o levantamento mais recente da bolsa de neg�cios do setor relativa � terceira semana de novembro, a oferta foi de 19,842 mil cabe�as, ante um volume vendido de 20,889 mil cabe�as.

As previs�es semanais da oferta neste m�s, at� dia 22, indicam no m�ximo 20,5 mil cabe�as, portanto abaixo das vendas efetivas registradas em novembro. Os produtores verificaram procura extra dos frigor�ficos, de acordo com a Asemg. “O consumo est� bem firme e a tend�ncia � de continuar subindo. As nossas granjas � que n�o d�o conta de atender toda a demanda do estado”, afirma o produtor Jo�o Bosco Martins Abreu, presidente da Asemg.

Conforme dados do Instituto Mineiro de Agropecu�ria (IMA), em 2010 foram recadastradas e georreferenciadas no estado 1.518 granjas que comercializam su�nos, com 243.331 matrizes e 2,513 milh�es de su�nos, ao todo. A produ��o anual mineira gira em torno de 580 mil toneladas, com polos produtores no Centro-Oeste, Tri�ngulo e Sul do estado. A Associa��o Brasileira da Ind�stria Produtora e Exportadora de Carne Su�na (Abipecs) estimou um aumento do consumo neste ano de mais de meio quilo por habitante no Brasil.

O com�rcio v�, de fato, os ventos favor�veis � carne su�na numa disputa que cresce nesta �poca do ano. Pedro Edson Menezes, propriet�rio do Frigor�fico Montalv�nia, com tr�s lojas em Belo Horizonte, espera um salto de 80% das vendas da carne su�na neste m�s, frente a novembro. O consumo na beirada do balc�o cresceu algo em torno de 50% nos �ltimos dois anos, impulsionado pelo v�cuo dos pre�os, comparados aos dos cortes bovinos e em decorr�ncia da produ��o de animais com menos gordura.

VANTAGENS “O consumidor aprendeu a comer mais a carne de porco, depois de comparar os pre�os”, diz Pedro Menezes. Num feriado de grande movimento nas lojas, o dia de ontem confirmou a prefer�ncia por cortes su�nos. Os pre�os do quilo de pernil, costelinha e lombo, variando de R$ 10 a R$ 12,90, eram quase os mesmos oferecidos pela carne de boi de segunda, como p� e ac�m. Para a vendedora aut�noma Patr�cia Rabelo, o or�amento destinado �s carnes pesou em excesso neste ano, nos gastos com os cortes de boi. “A carne bovina de primeira ficou 30% mais cara. Impressiona ver que uma fam�lia gasta pelo menos R$ 20 s� com a carne num �nico almo�o e na faixa de R$ 50 para comprar um quilo de picanha”, reclama. A carne su�na ficou mais presente no card�pio da fam�lia de Patr�cia, que ontem come�ou a pesquisar os pre�os da leitoa para o Natal.

Em lugar da picanha tradicional, o m�dico Tiago Soriano e os amigos tamb�m resolveram comprar picanha su�na, encontrada a R$ 18 por quilo, para os churrascos frequentes dos fins de semana. Soriano recomenda que o consumidor observe outros dois aspectos, al�m do pre�o, para fazer a substitui��o da prote�na: “O ideal � procurar a carne de porco mais magra e de boa qualidade antes de definir a compra pelos pre�os”, afirma.


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