Ap�s a paralisa��o da economia no terceiro trimestre, a atividade brasileira j� voltou a reagir e a responder aos est�mulos adotados pela equipe econ�mica desde o fim de novembro, como a redu��o de impostos e o destravamento do cr�dito. Apesar do curto espa�o de tempo, a reativa��o j� est� clara, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nos indicadores preliminares de novembro e dezembro, que j� est�o em posse da equipe econ�mica. Em reuni�o do Grupo de Avan�o da Competitividade, realizada nessa quinta-feira em S�o Paulo, o ministro garantiu aos empres�rios que o governo est� pronto para tomar novas medidas, mas ressaltou que cada pr�ximo passo ser� analisado cuidadosamente, para evitar erros.
De acordo com um t�cnico que participou do encontro, o ministro fez um balan�o da economia brasileira em 2011 e atribuiu a estagna��o no terceiro trimestre a um efeito colateral da a��o “deliberada” do governo de esfriar a atividade produtiva. Mantega destacou que no in�cio do ano, diante de uma infla��o galopante e do avan�o do consumo, foi preciso elevar os juros e dificultar o acesso ao cr�dito, de modo que o Produto Interno Bruto (PIB) encerrasse 2011 pr�ximo a 4%. A crise nos pa�ses da Europa, por�m, potencializou al�m do necess�rio o freio de arruma��o, diminuindo o ritmo de crescimento mais do que o previsto.
Com a retomada dos cortes na taxa b�sica de juros (Selic), a partir de julho, e o desmonte das medidas de conten��o do cr�dito, a economia voltou para uma dire��o mais pr�xima ao plano inicialmente tra�ado. Representantes do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) elogiaram a a��o do governo e confirmaram a mudan�a de cen�rio. A trajet�ria de desacelera��o das vendas varejistas, segundo o IDV, j� come�ou a ser revertida e a apontar para cima novamente.
Beneficiado diretamente pela redu��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e, indiretamente, pelo barateamento do cr�dito, os fabricantes de bens da linha branca (geladeiras, fog�es e m�quinas de lavar) mostraram satisfa��o em rela��o �s medidas. Mesmo com as incertezas relacionadas � crise, os consumidores foram �s lojas, aproveitando os pre�os mais baixos. Representante da Associa��o Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletr�nicos (Eletros) afirmou que nos primeiros 15 dias de dezembro, o segmento j� observou uma revers�o positiva nas vendas.
Inten��o de comprar mostra queda de 0,2%
Mas em meio ao agravamento da crise financeira na Europa, aos riscos de recess�o no Velho Continente e nos Estados Unidos e ao desaquecimento da economia do pa�s, os brasileiros est�o cautelosos na inten��o de consumo nestes �ltimos dias do ano. Dados divulgados nessa quinta-feira pela Confedera��o Nacional do Com�rcio (CNC) registraram uma queda de 0,2% na inten��o de consumo das fam�lias na compara��o com novembro. Na compara��o com dezembro do ano passado, o ICF mostrou queda de 4,3% no �ltimo m�s de 2011. Nesta compara��o, todos os �ndices relacionados ao consumo e ao cr�dito registraram patamares inferiores aos de dezembro de 2010.