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Estado de Minas

Consumo da popula��o que tem renda salva a economia

Popula��o movimenta o com�rcio e o setor de servi�os e brinda o pa�s com crescimento, num ano marcado por turbul�ncia mundial e o recuo da ind�stria


postado em 18/12/2011 07:32

Emprego farto animou Viviane Pantuzzo e Warlen: presentes para a filha Maria Clara(foto: Marcos Vieira/EM/D.A/Press)
Emprego farto animou Viviane Pantuzzo e Warlen: presentes para a filha Maria Clara (foto: Marcos Vieira/EM/D.A/Press)
Neste ano de crise internacional e desacelera��o econ�mica, o Papai Noel da economia no pa�s ficar� por conta dos pr�prios brasileiros. Fam�lias como a da engenheira Viviane Helena Pantuzzo e a da auxiliar de servi�os gerais Marinalva Santos n�o sentiram no bolso os efeitos da turbul�ncia. Prova disso � que j� garantiram os presentes e n�o est�o economizando para realizar seus sonhos de consumo. A Confedera��o Nacional do Com�rcio (CNC) estima que somente este m�s o com�rcio varejista no pa�s vai faturar R$ 149 bilh�es. O montante representa crescimento de 5,8% em compara��o com as vendas do ano passado, que somaram R$ 131 bilh�es. O avan�o de 2010 sobre 2009, no entanto, foi de 10%, bem acima dos n�meros esperados agora.

Viviane Helena Pantuzzo j� cobriu o p� da �rvore de Natal e garante que manteve o comportamento de consumo estimulada pelo bom momento do mercado de trabalho. “Continuo gastando da mesma forma porque n�o tenho visto t�o diretamente o problema da crise como ocorreu em 2009”, sustenta. Para Marinalva Santos e o marido Silv�nio da Silva Guimar�es, este ano � tamb�m de comemora��o. “Em 2010, n�o compramos nada. Agora, estou comprando um tanquinho de lavar roupa para me presentear”, afirma Marinalva, enquanto escolhe o modelo de 6kg, no valor de R$ 380, que dever� ser pago em cinco presta��es.

Coordenador do Centro de Pol�ticas Sociais da Funda��o Get�lio Vargas, Marcelo Neri, considera o consumo no Brasil este ano t�o importante para o crescimento do pa�s quanto o craque Pel� foi para o futebol. “O mercado interno � que segura as pontas da economia brasileira”, justifica. A compara��o faz todo sentido, a despeito do peso das exporta��es nos indicadores do pa�s. “A desigualdade tem ca�do e as pessoas mais pobres t�m uma propens�o maior ao gasto. Esse pode n�o ser um amortecedor suficiente para conter os efeitos da crise europeia no Brasil, mas � melhor enfrentar essa crise com um amortecedor do que sem ele”, resume Neri.

Segundo o Centro de Estudos Sociais da FGV, desde 2003, 3,9 milh�es de pessoas foram incorporadas � nova classe m�dia. Para Neri, o valor desse segmento da popula��o para a economia brasileira hoje � maior do que foi no per�odo do boom do mercado internacional (at� meados de 2008). Acho que o desempenho do Brasil nessa turbul�ncia externa est� sendo melhor do que foi no fim de 2008”. A nova classe m�dia responde por 48% do gasto gerado com consumo no Brasil”.

Silvânio e a mulher Marinalva, com a filha Tamires, decidiram retomar as compras(foto: Jair Amaral/EM/D.A/Press)
Silv�nio e a mulher Marinalva, com a filha Tamires, decidiram retomar as compras (foto: Jair Amaral/EM/D.A/Press)
A engenheira Viviane Pantuzzo v� claras diferen�as na retra��o deste ano em rela��o � de 2008, quando houve corte de vagas na empresa em que trabalha, o que aumentou a inseguran�a quanto � manuten��o da renda familiar. “Atualmente, � o contr�rio. Temos mais trabalho”, afirma. O resultado s�o presentes neste Natal que custaram R$ 80 cada um, em m�dia. A engenheira garante que toda a fam�lia ser� contemplada. "No total, 11 pessoas se reunir�o no dia 24 na casa da minha m�e para celebrarmos", conta.

O governo tem sustentado que o recuo das vendas do varejo registrado em 2011 foi calculado. Era preciso conter o crescimento para controlar a infla��o, que terminar� o ano rompendo o teto da meta, na casa dos 6,5%, conforme previs�es de mercado. Para isso, adotou medidas anti-consumo a partir do fim do ano passado, como a retirada dos incentivos fiscais e a eleva��o dos juros b�sicos da economia durante todo o primeiro semestre de 2011. “Tudo isso se refletiu nas vendas do com�rcio durante o ano”, observa Marianne Hanson, economista da Confedera��o Nacional do Com�rcio.


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