Eventos como o carnaval e as passeatas como a do Orgulho Gay apresentam demandas bastante superiores � procura por servi�os a�reos prevista para a Copa do Mundo. Com isso o Brasil tem, na opini�o do superintendente de Gest�o de Operacionalidade da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportu�ria (Infraero), Mar�al Goulart, conhecimento suficiente para lidar com esse e outros eventos de grande porte.
“V�rios eventos do calend�rio brasileiro j� significam mais do que uma Copa do Mundo. Temos datas comemorativas que movimentam n�mero muito grande de pessoas que podem significar at� quatro vezes o movimento de uma Copa do Mundo. O carnaval � praticamente o dobro. Passeatas tamb�m s�o representativas dentro da infraestrutura aeroportu�ria a ponto de superar os n�meros registrados em per�odos de Copa do Mundo observados no exterior”, disse Goulart hoje, em entrevista ao Revista Brasil, da R�dio Nacional.
“Para voc� ter uma no��o, no Rio de Janeiro s�o processados de 600 mil a 700 mil passageiros usu�rios do sistema, para a passagem do ano, em apenas dois dias. Nas passeatas LGBT [sigla para L�sbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais], em um dia, processamos aproximadamente 1,25 milh�o de passageiros. Em dois dias de evento, circularam pelos dois aeroportos do estado [S�o Paulo] 3,5 milh�es de passageiros. Esses s�o n�meros significativos que demonstram que, de certa forma, o sistema acaba atendendo a essa necessidade da popula��o”, argumentou.
O programa de investimento para estrutura��o dos aeroportos est�, segundo o superintendente, se adequando a uma demanda interna bastante crescente antes mesmo da Copa de 2014.
Goulart explica que h� a��es isoladas adotadas pelas autoridades aerovi�rias para a Copa. S�o duas, segundo o superintendente. Primeiro, visando ao cumprimento de um programa de investimentos, amplia��es e obras que est�o na fase final de licita��o. E, em segundo, a prepara��o de pessoal para atender a uma demanda diferente da que o pa�s est� acostumado. “Na Copa, a gente dever� ter um volume de estrangeiros muito maior. Para isso, a Infraero est� fazendo treinamento em l�ngua estrangeira para que os funcion�rios.”
De acordo com o superintendente, j� h� a��es padr�o sendo adotadas para evitar, no final de 2011 e in�cio de 2012, os problemas que o setor costuma enfrentar no per�odo de f�rias. “Estamos trabalhando em parceria com empresas a�reas, no sentido de melhorar a performance, mudando sistemas e treinando funcion�rios para ganhos qualitativo e quantitativo no momento do atendimento dos passageiros. Em um segundo momento, estaremos adotando procedimentos especiais concentrados nos hor�rios de maior movimenta��o. Queremos que todos sistemas estejam em plenas condi��es para cumprir suas fun��es dentro do fluxo operacionalidade”, disse ele.
Entre os servi�os especiais oferecidos pela empresa, Goulart cita o programa Posso Ajudar. “Ele atuar� de forma a tranquilizar passageiros que viajam pela primeira vez. Funcion�rios de colete amarelo ser�o dedicados a prestar todo tipo de informa��o necess�ria a esse tipo de p�blico. Isso facilita a circula��o dos passageiros brasileiros e estrangeiros dentro das �reas p�blicas restritas, principalmente nos aeroportos de maior circula��o.”
A entrevista do superintendente foi concedida em meio a uma amea�a de indicativo de greve organizada por sindicados aerovi�rios filiados � Central �nica dos Trabalhadores (CUT). Uma paralisa��o de 24 horas est� prevista para o dia 22 de dezembro.