Tesouro nega inten��o do governo de reduzir IOF

A redu��o do Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) para estimular aplica��es de investidores estrangeiros em renda fixa n�o est� em estudo pelo governo, assegurou nesta quarta-feira o coordenador de Opera��es da D�vida P�blica, Jos� Franco de Morais. Segundo ele, a crise econ�mica internacional ainda n�o afetou o interesse dos aplicadores internacionais nos t�tulos da d�vida brasileira e n�o h� justificativa para incentivos.

“A parcela de estrangeiros na d�vida interna brasileira � pequena. O Brasil n�o tem necessidade de investidores externos para rolar a d�vida p�blica, como ocorre em outros pa�ses”, declarou o coordenador. Ele ressaltou que mudan�as repentinas na tributa��o das aplica��es estrangeiras trazem incertezas para os investidores e, no longo prazo, podem resultar em fuga de capitais.

Atualmente, os investidores n�o residentes que aplicam em renda fixa no pa�s pagam 6% de IOF sobre o rendimento. Para o coordenador, essa al�quota � eficiente para manter a participa��o dos investidores internacionais na d�vida interna em n�veis moderados e afugentar os investidores de curto prazo, mais afetados pela taxa��o do que quem aplica em pap�is com prazos mais longos, quando o impacto do imposto fica dilu�do.

Em novembro, a fatia da d�vida interna nas m�os de estrangeiros atingiu 11,39%, praticamente est�vel em rela��o aos 11,41% de outubro. Ao longo de 2011, essa participa��o caiu levemente. Em janeiro, correspondia a 11,8%. Apesar da redu��o em termos percentuais, o valor da d�vida detida por n�o residentes passou de R$ 182 bilh�es em janeiro para R$ 199,68 bilh�es no m�s passado.

Morais n�o descartou, por�m, a possibilidade de o governo fazer novas emiss�es de t�tulos no exterior depois da eleva��o da nota do Brasil (rating) pela ag�ncia de classifica��o de risco Standard & Poor's. “A tomada de decis�o � r�pida. Se o mercado abrir muito, a emiss�o pode ser feita em janeiro”. A �ltima opera��o no mercado externo ocorreu em novembro, quando o Tesouro captou US$ 1,1 bilh�o em pap�is de 30 anos.