
Os funcion�rios de solo de Confins v�o trabalhar normalmente hoje, enquanto aguardam movimenta��o dos colegas nos aeroportos de Bras�lia e do Rio de Janeiro, conforme informou �s 21h30 o diretor de comunica��o da subsede de Minas Gerais do Sindicato Nacional dos Aerovi�rios, Valter Aguiar. "Vamos aguardar a orienta��o do sindicato nacional. N�o justifica interromper os voos enquanto a gente n�o tiver uma an�lise da contraproposta, que ser� submetida � categoria", afirmou.
Os transtornos nos aeroportos j� eram sentidos desde a manh� de ontem, j� que sindicatos de outras regi�es do pa�s, como S�o Paulo e Porto Alegre, haviam iniciado o movimento grevista, com reflexos nos pousos e decolagens de todo o Brasil.
Em Congonhas, parte dos funcion�rios da TAM parou durante o dia, o que provocou atrasos e cancelamentos de voos. Quase 50% das decolagens n�o operaram no hor�rio previsto e outros 13,5% dos 200 voos estimados foram cancelados. Segundo balan�o da Infraero, at� o in�cio da noite de ontem 531 dos 2.271 voos nacionais (23,4%) apresentavam atrasos superiores a 30 minutos.
Apesar de a ades�o � greve em Minas ter come�ado apenas �s 18h, durante todo o dia quase 30% dos voos previstos em Confins estavam atrasados. Curitiba (36,9%), Porto Alegre (31%) e Bras�lia (21,1%) tamb�m foram afetados.
Os aeronautas (pilotos e comiss�rios), por sua vez, abortaram, no in�cio da tarde, a greve prevista para ter in�cio �s 23h. Segundo o sindicato que representa o setor, a categoria aprovou em assembleia a proposta de reajuste salarial de 6,5% e 10% de alta nos pisos, descartando a amea�a de paralisa��o.
Com negocia��o independente, o sindicato dos aerovi�rios (trabalhadores de solo) de Guarulhos, Porto Alegre e Recife aceitaram a proposta das a�reas e n�o v�o aderir � greve nacional. J� o destino das negocia��es em Congonhas e nos demais aeroportos paulistas – tamb�m decidido por sindicato pr�prio – dever� ser decidido na pr�xima semana.
JUSTI�A Reuni�o no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) realizada ontem entre o sindicato de trabalhadores e das empresas a�reas terminou sem acordo. O TRT decidiu que, caso a greve aconte�a, 80% dos trabalhadores devem estar a postos nos dias 23, 24, 29, 30 e 31, para atender � movimenta��o de Natal e ano-novo. Se a determina��o n�o for cumprida, a multa di�ria � de R$ 100 mil.
A decis�o vale tamb�m para os demais sindicatos, que, segundo liminar do Tribunal Superior do Trabalho (TST), devem restringir a paralisa��o de aerovi�rios a 20% do quadro. Em comunicado � imprensa, a Federa��o Nacional dos Trabalhadores em Avia��o Civil (Fentac) informou que ainda n�o havia sido notificada da decis�o.
Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), as companhias a�reas s�o respons�veis pelos atrasos e cancelamentos, mesmo com a greve. A orienta��o da Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) � de que os passageiros recorram � empresa prestadora de servi�o em caso de preju�zo.