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Estado de Minas

Suspens�o das obras n�o minimiza perdas dos lojistas da Savassi

Papai Noel chega magro � Savassi. Lojistas reclamam de movimento fraco e dizem ter faturamento at� 40% menor que no fim de 2010


postado em 23/12/2011 07:13 / atualizado em 23/12/2011 07:22

Lojas vazias e redução nas vendas deixa lojistas no prejuízo (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Lojas vazias e redu��o nas vendas deixa lojistas no preju�zo (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Este ser� o pior Natal da hist�ria para dezenas de lojistas da Pra�a Diogo de Vasconcelos, tamb�m conhecida como Pra�a da Savassi, um dos principais cart�es-postais da Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. Alguns empres�rios preveem queda de at� 40% nas vendas, quando comparadas ao faturamento da mesma �poca de 2010. Mais uma vez, atestam os comerciantes, a vil� � a obra de revitaliza��o da �rea, formada pelos quarteir�es do cruzamento das avenidas Get�lio Vargas e Crist�v�o Colombo e ruas Pernambuco e Ant�nio de Albuquerque. Iniciada em mar�o, a reforma, com objetivo de valorizar o pedestre e resgatar o glamour do endere�o, s� deve ser conclu�da no segundo trimestre de 2012.

A obra deixar� a regi�o mais bonita: os novos cal�ad�es favorecem o vaiv�m de pessoas, os futuros canteiros de plantas dar�o maior charme ao local e a popula��o poder� descansar e bater papo em bancos instalados ao longo do trecho. Por outro lado, a reforma afetou o caixa de v�rias lojas, pois a interrup��o do tr�nsito de ve�culos em quatro quarteir�es afastou parte da clientela. No �pice da obra, no primeiro semestre, muitos comerciantes foram obrigados a demitir funcion�rios.

Havia a expectativa de que o movimento de consumidores melhorasse em dezembro, no melhor m�s para o varejo. Tanto que a prefeitura, atendendo a pedido dos lojistas, interrompeu a obra este m�s. Mas a previs�o, segundo os lojistas, n�o se confirmou. “Meu faturamento ser� 20% menor que o do Natal de 2010”, lamentou Ot�vio Diniz, dono da Griffs, especializada em cal�ados e acess�rios femininos. Ele conta que h� poucos meses precisou demitir os dois funcion�rios que empregava. E o pior: teme que o aluguel, de R$ 4 mil mensais, seja reajustado em mais de 50%. “O contrato (com o locador) vence daqui a dois anos, mas acredito que (devido � valoriza��o da �rea) seja reajustado para R$ 6 mil, R$ 7 mil”, prev�.

Preju�zo maior coleciona Paulo L�cio Camargos, dono da Maria’s Cerdizeira, que atua no ramo de conserto de roupas e produtos como linhas e agulhas. “Estou aqui h� quase 18 anos. A obra afetou praticamente todas as lojas da �rea. Meu faturamento, este m�s, deve ser 40% inferior ao de dezembro passado”, reclamou. A previs�o de percentuais negativos oscila entre os empres�rios da Savassi e n�o poupou sequer o Caf� Travessa, um dos endere�os mais famosos entre a classe art�stica da cidade. “Demiti nove empregados no in�cio da reforma. Foi uma seca total”, disse F�bio Campos, dono do estabelecimento.

Ele avalia que a perda das vagas do estacionamento rotativo na regi�o – estima-se que 200 vagas tenham sido fechadas na Diogo de Vasconcelos e entorno – levou boa parte da clientela a migrar para os shoppings. Para reduzir o preju�zo, ele faz algumas propostas, como a cria��o de um sarau de poesias na regi�o, o que atrairia mais pessoas �s livrarias da Savassi. A medida, acredita, beneficiaria comerciantes de outros ramos, como Alex Fantini, revendedor de joias e rel�gios. “Minhas vendas despencaram. Agora, por exemplo, n�o h� nenhum cliente aqui dentro”, reclamou, enquanto o rel�gio marcava 14h30.

Situa��o pior enfrenta um comerciante que prefere o anonimato por temer repres�lia do poder p�blico. “H� poucos meses, diante da queda absurda do faturamento, fiquei doente. Houve dia em que n�o vendi nada. Este dezembro, do jeito como est� indo, n�o ser� melhor do que o do ano passado. Vamos ver se a vida vai melhorar com o fim da obra”, deseja. O estabelecimento dele fica pr�ximo a uma loja que fechou as portas h� um m�s. Na fachada, o aviso: “Passa-se o ponto”.

OUTRO LADO

As reclama��es, contudo, n�o s�o unanimidade na regi�o. Alguns comerciantes avaliam que vender�o mais este m�s em compara��o a dezembro do ano passado. � o caso de Maura Silva, gerente da Loja Milano, especializada em moda feminina. Depois de avaliar que a tradicional pra�a ficar� mais bonita em 2012, quando a reforma ser� conclu�da, ela disse esperar aumentar o faturamento em torno de 10% neste Natal. No in�cio da obra, por�m, as vendas despencaram aproximadamente 20%, segundo ela. “O movimento de consumidores ainda n�o voltou ao normal, mas este dezembro est� dando para salvar”, disse.

Alheios �s reclama��es de lojistas, moradores e visitantes da regi�o avaliam que a reforma, al�m de valorizar a �rea, vai resgatar o charme na pra�a. Para a professora Carolina Lage, de 31, que ontem saiu �s compras na Pra�a Diogo de Vasconcelos, a reforma � bem-vinda. “A regi�o vai ficar muito bonita. Realmente, estacionar o carro ficou mais complicado (com o fechamento de vagas do sistema rotativo), mas a obra vai valer a pena”, defende.

Ind�stria mostra rea��o

A ind�stria da transforma��o parece ter ganhado f�lego na reta final do ano gra�as �s isen��es e redu��es tribut�rias para produtos de linha branca. As medidas lan�adas pelo governo, em vigor a partir deste m�s, alavancaram a atividade das ind�strias de bens de consumo dur�veis, uma das principais respons�veis pela alta de 2% na pr�via do �ndice de Confian�a da Ind�stria (ICI) de dezembro. Caso se confirme no resultado fechado, a ser anunciado na semana que vem, ser� a primeira taxa positiva deste �ndice no ano.

O indicador n�o sobe desde dezembro de 2010 (1,6%). O setor industrial mostrou os primeiros sinais de retomada ainda em novembro, quando o ICI completo teve estabilidade (0%) ap�s 10 meses em queda. Mas na pr�via de dezembro, que abrange 803 empresas – dois ter�os da amostra total do indicador completo –, a recupera��o � mais vis�vel.

BRINQUEDOS


Balan�o divulgado ontem pela Associa��o Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) indica crescimento de 8% nas vendas da ind�stria ao varejo neste ano em rela��o ao Natal de 2010. O Natal, de acordo com a associa��o, representa 30% das vendas do ano e s� perde para o Dia da Crian�a, data respons�vel por 40% do faturamento do setor. S� neste fim de ano a ind�stria nacional de brinquedos faturou R$ 1,6 bilh�o.


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