
“Mesmo se o pessoal j� tiver vindo de uma festa, isso n�o reduz o consumo no bar porque a galera j� chega empolgada”, aposta T�lio Borges, propriet�rio da dDuck e do Mary in Hell. Juntas, as duas casas, no cora��o da Savassi, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, t�m capacidade para 700 pessoas e, segundo o propriet�rio, n�o concorrem porque atendem p�blicos bem diferentes. O Inferno de Natal, sugestivo nome da balada do Mary in Hell, pretende atrair adeptos oferecendo entrada gratuita para as primeiras 100 pessoas que toparem o p�s-ceia. Na dDuck, ser�o mantidos os pre�os praticados normalmente aos s�bados, com entrada a R$ 15 para mulheres e R$ 20 para homens, e listas de descontos que j� fazem o au� sobre a festa em m�dias sociais como o Twitter e o Facebook.
No Demod�e, no Bairro Cidade Jardim, o s�cio-propriet�rio Frederico Garzon espera p�blico 20% maior do que o habitual, no embalo do tradicional Movimento Balan�o, festa que aposta na nostalgia, desde 2001, para fazer dinheiro. A lota��o no espa�o, cuja proposta tamb�m remete ao passado, � de 350 pessoas. Na balada p�s-ceia, mulheres pagam R$ 20 e homens R$ 30. Garzon, de 38 anos, lembra que o espa�o � dos poucos a focar na sua gera��o.
Na regi�o conhecida como Seis Pistas, a noite sertaneja que mais leva p�blico ao Clube Chalezinho, tradicionalmente executada aos domingos, foi transferida para hoje. O objetivo � fazer com que a dupla Rick & Ricardo una esfor�os � decora��o de Natal especial e atra��es como um Papai Noel baladeiro, para justificar os investimentos de mais de R$ 35 mil. “Entre produ��o, decora��o, publicidade, os custos s�o mais altos mesmo, cerca de 30 a 40% superiores. Mas � certo que, numa noite especial, o cliente esteja bem disposto a consumir bastante”, diz Ralph Marcellini, s�cio-gestor da casa. A lota��o no Chalezinho � de 1 mil pessoas e os custos da festa tambem s�o pressionados pela ceia dos funcion�rios, que a casa oferece.
O quesito servi�o � o que mais sofre para a produ��o de festas tem�ticas natalinas, na avalia��o de Felipe Tiradentes, idealizador da Camarim, balada itinerante que j� teve mais de 40 edi��es, desde 2009. � a primeira vez que o evento ser� realizado no Natal e a aposta recai sobre programa��o de peso, encabe�ada pelo cantor Latino. Segundo Tiradentes, a planilha da festa ainda n�o foi fechada, mas ele calcula que a m�o de obra gere o dobro de gastos, na compara��o com uma balada tradicional. “Para retirar um artista de casa, e convencer as pessoas a trabalhar, o pagamento tem de ser bem atrativo”, diz o comerciante. Outro fator que encarece o evento � a antecipa��o da montagem, lembra. “Precisamos deixar tudo pronto na sexta-feira porque ningu�m quer trabalhar durante o s�bado”, conta.