
Fim de ano rima com comemora��es, bebidas e comidas especiais. Nesse clima de festa, Natal e r�veillon formam pacote perfeito para o com�rcio de vinhos e espumantes, que est� em alta no pa�s. O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) projeta aumento de 10% nas vendas de vinhos e espumantes neste ano, totalizando 272 milh�es de litros comercializados, contra 246,4 milh�es em 2010. O aquecimento do mercado vitivin�cola brasileiro acontece em fun��o de novos consumidores das classes mais populares no segmento de vinhos e espumantes e devido � entrada em vigor do Selo de Controle Fiscal. Desde o in�cio do ano, a Receita Federal obriga todas as vin�colas, nacionais e estrangeiras, a colocarem selo nas garrafas comprovando a regularidade fiscal e legal do produto, como pagamento de impostos, registros no Minist�rio da Agricultura, entre outros.
Em Belo Horizonte, os comerciantes de vinhos brindam o aquecimento de vendas e projetam alta de at� 40% nos neg�cios neste m�s. A Royal Vinhos, com duas unidades na capital, no Cruzeiro e no Santo Ant�nio, estima vender 12 mil garrafas de vinhos e espumantes em dezembro, sendo que em outros meses a m�dia � de 6 mil a 7 mil unidades. A empresa espera aumentar as vendas entre 30% e 35% em rela��o a dezembro de 2010. “O poder de compra do brasileiro melhorou, n�o houve reajuste de pre�os e as classes mais baixas passaram a consumir mais vinho”, afirma Ant�nio Guido, gerente da Royal.
O t�quete m�dio de vendas da loja subiu: no ano passado, girou em torno de R$ 220 e hoje est� em R$ 260. “As pessoas est�o fazendo mais degusta��es, se informando e consumindo r�tulos mais caros”, observa Guido. Na Royal, h� vinhos com pre�os desde R$ 19,80 (o Signos, argentino) at� R$ 1,1 mil (o franc�s Chateau De Latour Clos-Vougeot). Entre os espumantes, o mais barato da loja � o Bossa, que sai por R$ 25,20, e o mais caro � o franc�s Champagne de Sousa, que custa R$ 400.
A Enoteca Decanter tamb�m est� otimista com as vendas e espera crescimento em torno de 40% na compara��o com dezembro de 2010. “A economia est�vel ajuda nas vendas. E as pessoas est�o viajando mais e trazendo mais informa��es sobre vinhos”, diz Nelton Fagundes, sommelier do estabelecimento. A loja conta com mix de 1,2 mil r�tulos. As marcas chilenas e argentinas lideram o ranking de vendas. O espumante mais barato da loja � o Callia, argentino, vendido por R$ 20. O mais caro � para pouqu�ssimos bolsos: o franc�s Chateau Latour, que sai por R$ 8 mil.
A Casa Rio Verde tem oito unidades na capital. A maioria das lojas (sete) � de rua, o que prejudicou as vendas nas �ltimas semanas, em fun��o da forte chuva. “Muita gente adiou as compras, mas acreditamos em retomada agora”, avalia Haendel Roberto, superintendente da rede. As vendas de dezembro costumam ser quatro vezes maiores do que um m�s normal, segundo ele. Tanto � que a rede opera com seu quadro completo de 75 funcion�rios e ainda contrata 15 tempor�rios. “O consumidor est� mais aberto a gastar”, ressalta Haendel Roberto. O mercado de cestas de Natal, no entanto, se retraiu. “Sentimos que as ind�strias pisaram no freio na hora de presentear”, diz. O vinho mais barato vendido na Rio Verde � o chileno Linaje, que custa R$ 18,90, e o mais caro � o franc�s Ch�teau P�trus, que custa R$ 10 mil.
O empres�rio Ant�nio L�cio Martins foi degustar vinho e aproveitou para comprar algumas garrafas para o Natal e r�veillon. No total, ele pretende desembolsar R$ 1,8 mil com bebidas nas comemora��es. Ele vai passar o Natal com a fam�lia, com a qual estima consumir de seis a oito garrafas de espumantes e oito de vinho. A virada do ano ele vai passar com amigos em um s�tio e estima consumir entre 30 e 36 garrafas de espumantes e 15 de vinho. “Muitos produtos que comprei o ano passado est�o com o mesmo pre�o agora”, avalia o empres�rio. Ao longo do ano Martins tamb�m ajuda a engordar os caixas do mercado de vinhos, consumindo, em m�dia, 30 garrafas com a fam�lia e os amigos.