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Estado de Minas

Impulso do Brasil veio da crise e do consumo chin�s

Avaliada em US$ 2,5 trilh�es neste ano, economia brasileira se firma como a sexta maior do planeta, ultrapassando a do Reino Unido


postado em 27/12/2011 07:15 / atualizado em 27/12/2011 07:42

Produção de milho no Noroeste de Minas é exemplo de como se destacam as nações emergentes que fornecem alimentos ao mundo desenvolvido (foto: Israel Alexandre Pereira Filho/Embrapa )
Produ��o de milho no Noroeste de Minas � exemplo de como se destacam as na��es emergentes que fornecem alimentos ao mundo desenvolvido (foto: Israel Alexandre Pereira Filho/Embrapa )
As sucessivas revis�es de crescimento do Brasil neste ano – que abriram janeiro em 4,5% e agora desceram a 2,9% – n�o devem impedir que o pa�s feche 2011 como a sexta maior economia mundial, � frente do Reino Unido, segundo proje��o da consultoria brit�nica Centro de Pesquisa Econ�mica e de Neg�cios (CEBR, na sigla em ingl�s). A estimativa � de que o PIB brasileiro, medido pela soma da produ��o de bens e servi�os do pa�s, encerre o ano em US$ 2,5 trilh�es, superando os US$ 2,4 trilh�es previstos para a economia brit�nica. A performance tupiniquim leva vantagem, principalmente, em fun��o da espantosa demanda de mat�ria-prima da China, o drag�o asi�tico.

A expans�o chinesa – economia que at� 2020 deve superar os Estados Unidos, assumindo a posi��o de maior pot�ncia mundial – est� entre as principais alavancas para o crescimento econ�mico brasileiro. “A demanda por commodities no mercado mundial, liderada pela China, tem sido o fator mais importante de expans�o do PIB desde 2003”, avalia o coordenador do curso de economia do Ibmec M�rcio Salvato.

O frenético consumo da Ásia de insumos, como o minério de ferro extraído em Itabira, contribuiu para alçar o PIB brasileiro(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
O fren�tico consumo da �sia de insumos, como o min�rio de ferro extra�do em Itabira, contribuiu para al�ar o PIB brasileiro (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Para o especialista, a ultrapassagem aconteceria naturalmente e foi antecipada por conta dos efeitos da crise norte-americana sobre o pa�s da libra, uma das moedas mais s�lidas e valorizadas do mundo. “J� era esperado que o Brasil superasse o Reino Unido uma v ez que a taxa de crescimento nacional j� vinha registrando eleva��es superiores � brit�nica. Mas isso s� ocorreria em 2012 ou 2013”, pondera o especialista. A recess�o mundial contaminou o Reino Unido, encurtando os prazos a favor do Brasil.

Apesar de n�o estar na Zona do Euro e portanto sofrer menor impactos da crise da d�vida p�blica no continente, a economia do Reino Unido foi profundamente impactada pela contamina��o das bolsas de valores que irradiou em setembro de 2008 dos Estados Unidos. Bancos brit�nicos quebraram e recentemente 12 institui��es financeiras do pa�s tiveram a nota rebaixada por ag�ncias de classifica��o de risco.

O executivo-chefe da consultoria inglesa CEBR, Douglas McWilliams disse, em entrevista � BBC, que esta mudan�a de posi��es entre Brasil e Gr�-Bretanha decorre de uma tend�ncia mundial. "� parte da grande mudan�a econ�mica, onde n�o apenas estamos vendo uma invers�o do Ocidente para o Oriente, como tamb�m percebemos que pa�ses que produzem commodities vitais – comida e energia, por exemplo – est�o se dando muito bem, e gradualmente subindo na 'tabela do campeonato econ�mico'", afirmou.

Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o Brasil vai manter a boa posi��o no ranking mundial nos pr�ximos anos, uma vez que continuar� a crescer em um ritmo maior do que o das na��es desenvolvidas, principais afetados pela crise financeira mundial. Isso embora, o pa�s possa levar 10 a 20 anos para alcan�ar o padr�o de vida dos europeus. “Significa que n�s vamos ter que continuar crescendo mais do que esses pa�ses, aumentar o emprego e a renda da popula��o. N�s temos um grande desafio pela frente”, reconheceu Mantega.

No olho do furac�o europeu, a Fran�a deve ser a pr�xima v�tima do crescimento brasileiro e do pr�prio Reino Unido que v� na fragilidade do vizinho a salva��o para experimentar queda menos expressiva no ranking. At� 2020, a Fran�a pode cair da atual quinta coloca��o para a nona, enquanto o Reino Unido ainda ser� amea�ado pela �ndia e R�ssia que devem lev�-lo � oitava posi��o. At� o final desta d�cada, os demais integrantes dos BRICs ganhar�o ainda mais espa�o com a China na posi��o de maior pot�ncia mundial e dona de um PIB de US$ 28 trilh�es. Apesar da escalada no ranking garantir maior visibilidade � economia brasileira, o economista e professor de MBA da FGV/IBS Robson Gon�alves alerta para o indicador de PIB por habitante. “Em termos de renda per capita, n�o mudou nada”, observa.

Infla��o revista para cima


Pela quinta semana consecutiva, os analistas financeiros reduziram as estimativas de fechamento do PIB em 2011, que passaram de 2,92% para 2,9%. Para 2012, as previs�es para o crescimento econ�mico feitas pelos principais economistas e institui��es financeiras se mantiveram inalteradas em 3,4%, segundo Relat�rio Focus do Banco Central. Em contrapartida, a infla��o oficial medida pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) sofreu nova revis�o positiva, sendo elevada de 6,52% para 6,54% neste ano.

Nas apostas do governo federal, em 2012 o cen�rio ser� de invers�o, com taxa de infla��o em recuo e mais pr�xima do centro da meta de 4,5%. Quatro semanas atr�s, o mercado previa varia��o de 5,56% em 2012, taxa que caiu para 5,39% h� uma semana e agora j� est� em 5,33%.

Mais um indicador divulgado ontem d� sinais de que a infla��o n�o arrefecer� neste fim de ano, tornando cada vez mais dif�cil manuten��o do �ndice oficial abaixo do teto da meta de 6,5%. O �ndice de Pre�os ao Consumidor – Semanal (IPC-S), medido pela Funda��o Get�lio Vargas, registrou acelera��o em cinco das sete capitais pesquisadas na terceira semana do m�s, at� dia 22.

Em Belo Horizonte, a varia��o foi de 0,62% para 0,70%, com tr�s das sete classes de despesa em alta. O destaque ficou por conta do setor de transportes, que encareceu de 0,18% para 0,54% e a �rea de sa�de e cuidados pessoais que deu um salto de 0,71% para 0,91%. As press�es acima da m�dia vieram do grupo de alimenta��o (1,45%) e educa��o, leitura e recrea��o (0,94%). Cortes de carne de boi est�o entre os principais vil�es com varia��o destacadas de pre�os do fil�-mignon (9,98% para 10,79%) e alcatra ( de 7,39% para 8,27%) entre a segunda e terceira semana de dezembro.

Em S�o Paulo, o resultado ficou em 0,65%, 0,06 ponto porcentual superior ao divulgado na segunda semana de dezembro, que foi de 0,59%. A acelera��o tamb�m foi registrada em Salvador (de 0,87% para 1,10%), Recife (de 0,63% para 0,74%) e Rio de Janeiro (de 1,02% para 1,06%). No geral, o IPC-S registrou alta de 0,78%, 0,06 ponto porcentual acima da taxa divulgada na �ltima apura��o. (PT)


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