A regi�o da �sia do Pac�fico, que durante muito tempo esteve atr�s no desenvolvimento, agora � a mais din�mica do planeta: suas economias impulsionam o crescimento mundial e suas reservas em moedas s�o cobi�adas pelos Estados Unidos e pela zona do euro.
Em plena crise europeia, o presidente franc�s Nicolas Sarkozy realizou uma visita rel�mpago a China no final de agosto para destacar a import�ncia desse "s�cio inevit�vel" e garantiu que as autoridades chinesas "tinham confian�a na zona euro e no euro".
Neste final de 2011, o crescimento dos Estados Unidos tem dificuldades para decolar, a Europa sofre sua pior crise em v�rias d�cadas e o Brasil, uma grande pot�ncia emregente, registrou um crescimento nulo no terceiro trimestre.
A �sia, ao contr�rio, goza de excelente sa�de e a robustez de sua economia est� acompanhada de um crescimento de seu papel diplom�tico.
Na sua ilha natal, o Hava�, ao come�ar uma grande viagem pela �sia em novembro, Obama presidiu uma c�pula dos 21 pa�ses do F�rum Econ�mico da �sia e do Pac�fico (Apec), onde impulsionou seu projeto de Acordo de Livre Com�rcio Transpac�fico (TPP), destinado a converter a regi�o na maior zona de livre com�rcio do mundo.
As taxas de crescimento dos pa�ses asi�ticos s�o amplamente superiores aos pa�ses europeus ou dos Estados Unidos. At� agora, a crise da d�vida na Europa pesou muito menos sobre as economias asi�ticas, grandes exportadoras, do que a crise financeira de 2008/2009.
Contudo, os analistas advertem que seu impacto poderia se agravar em 2012, sobretudo se a Europa sofrer uma recess�o.
A China e a �ndia, as duas grandes pot�ncias emergentes asi�ticas, mostraram algumas fragilidades durante o terceiro trimestre, com uma desacelera��o das exporta��es, da demanda interior e da produ��o.
Hong Kong, Cingapura, Coreia do Sul e Taiwan registraram um crescimento menor no fim do ano.
O Jap�o foi debilitado pelo terremoto e o tsunami do dia 11 de mar�o, embora tenha se recuperado mais tarde, enquanto a Tail�ndia sofreu inunda��es hist�ricas no outono, que paralisaram grande parte de suas atividades.
"A principal for�a da �sia � financeira. Seus bancos s�o s�lidos e n�o se afundam com o peso de cr�ditos duvidosos", declarou � AFP Frederic Neumann, um economista do HSBC.
A China possui reservas colossais de divisas - mais de 3,2 trilh�es de d�lares no final de setembro - que alguns europeus desejam que sejam investidas no Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), o fundo de apoio aos pa�ses mais endividados.
Contudo, o crescimento chin�s se desacelera e em 2011 pode ser de 9,2%, em compara��o com 10,4% em 2010, segundo as estimativas da Academia Chinesa de Ci�ncias Sociais. Para 2012, esta institui��o prev� 8,9%, seu n�vel mais baixo em dez anos.
Dong Tao, um analista da Cr�dit Suisse, previu apenas 8%, ou seja, apenas um pouco mais que os 7% necess�rios para manter a estabilidade social, segundo as autoridades chinesas.
Frederic Neuman prev� "uma aterrisagem suave" em 2012, mas n�o acredita que a China possa manter seu crescimento em 2014-2015, baseado fundamentalmente no cr�dito.
Para os analistas, a �ndia corre o risco de sofrer uma aterrissagem brutal em 2012 devido aos v�rios aumentos das taxas de juros que, apesar de sua frequ�ncia (13 em quase dois anos), t�m dificuldades para frear a infla��o.
Segundo o Banco Asi�tico de Desenvolvimento, a melhor forma de a �sia enfrentar a crise europeia � "incrementar o com�rcio interregional e a integra��o financeira, assim como os v�nculos com as outras economias emergentes", segundo destacou um relat�rio no come�o de dezembro.
