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Estado de Minas

Gr�cia v� como catastr�fica poss�vel sa�da do pa�s da moeda �nica


postado em 27/12/2011 16:09

Dez anos depois de sua ades�o � Eurozona, a Gr�cia est� arruinada e sofre com a concorr�ncia direta dos B�lc�s e da Turquia. Ainda assim, a maioria dos gregos rejeita o retorno ao dracma e v� a continuidade do euro como a �nica sa�da para a crise.

Os dirigentes pol�ticos avisam e as pesquisas confirmam: os gregos querem ficar na Eurozona. "Nossa posi��o na Europa n�o � negoci�vel", afirmou h� pouco tempo o primeiro-ministro Lucas Papademos.

"A Gr�cia � e continuar� sendo uma parte da Europa unida e do euro", acrescentou o ex-governador do Banco da Gr�cia e vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) na �poca em que o euro foi adotado.

O apoio � moeda europeia - at� 80% segundo as pesquisas - n�o diminuiu apesar dos sacrif�cios impostos h� dois anos pelos credores da Eurozona, que colocaram o pa�s em uma profunda recess�o e fizeram surgir o desemprego (que atinge quase um em cada dois jovens).

A hip�tese da sa�da da Eurozona j� n�o � um tabu. A revista brit�nica The Economist, que tem previsto a quebra da Gr�cia, organizou pouco tempo atr�s uma confer�ncia sobre essa quest�o em Atenas.

O ex-presidente franc�s, Val�ry Giscard D'Estaing, muito querido no pa�s hel�nico por ter ajudado a Gr�cia a aderir � Comunidade Europeia, qualificou de "grave erro" a decis�o de introduzir a Gr�cia � moeda �nica e criticou duramente a "gest�o demag�gica" dos governos gregos.

"No in�cio da d�vida est� o fato de que os dirigentes gregos sempre confundiram a no��o de cr�dito com a de renda", garante o historiador Nicolas Bludanis. Pertencer � moeda �nica permitiu ao pa�s pedir dinheiro emprestado a baixo custo e � classe pol�tica, refor�ar sua base eleitoral contratando muitos funcion�rios, denuncia.

Al�m disso, a Gr�cia n�o usou os fundos europeus que foram concedidos nos anos 1980 para "desenvolver seu sistema produtivo e melhorar a produtividade de sua ind�stria", destaca Savvas Robolis, professor de economia da Universidade Panteion de Atenas.

"A viabilidade de um milh�o de empresas n�o pode depender de 3,7 milh�es de lares gregos: temos que exportar", enfatiza este docente pr�ximo aos sindicatos, que teme que um retorno ao dracma leve o pa�s a um "subdesenvolvimento".

Mas a tend�ncia atual leva ao deslocamento de investimentos para pa�ses de fora da Eurozona, como a Bulg�ria, cujo sistema fiscal oferece mais vantagens e os custos de produ��o s�o mais baixos.

Um dos poucos a pedir a sa�da do euro, na extrema esquerda, � Costas Lapavitsas, professor de economia na Escola de Estudos Orientais e Africanos na Universidade de Londres, que estima que o euro � um problema, que permitiu que pa�ses do centro, como a Alemanha, enrique�a �s custas da periferia.

Para Lapavitsas, a Gr�cia n�o tem outra op��o al�m de quebrar e sair do euro, impondo um controle sobre os capitais. E os que predizem o apocalipse, encorajando a queda do sistema financeiro, uma desvaloriza��o do patrim�nio das poupan�as, uma hiperinfla��o e uma fuga massiva de capital, lembram os terr�veis custos que tem levado a sociedade grega a aplicar medidas de austeridade.

O economista Yannis Varufakis, tamb�m da esquerda, da Universidade de Atenas, acredita, ao contr�rio, que sair do euro � pior que ficar, porque a inevit�vel deprecia��o do dracma conduziria � perda "massiva do poder" dos mais pobres, cujas receitas e poupan�as n�o valeriam nada, at� aos mais ricos que salvar�o seus euros.


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