Bras�lia – O crescimento do emprego em 2011 foi menor do que o esperado devido � crise financeira internacional e � invas�o de produtos importados em alguns setores como o de autope�as e vestu�rio. A previs�o do Minist�rio do Trabalho era de uma gera��o de 3 milh�es de empregos para este ano, mas o montante n�o dever� ser alcan�ado, ficando em torno de 2,7 milh�es de empregos.
A meta foi revisada no segundo semestre desse ano, quando come�ou a ficar vis�vel a queda nas contrata��es. De janeiro a outubro, foram criados 2,24 milh�es de empregos contra 2,40 milh�es no mesmo per�odo do ano passado. Na ind�stria de transforma��o, de janeiro a outubro, foram 407.520 novos empregos e, no mesmo per�odo do ano passado, as novas vagas do setor somaram 647.199.
“Dado os efeitos da crise financeira na Europa, a economia chinesa focou suas importa��es em mercados como o do Brasil. Com isso, temos dificuldades de concorrer com o produto chin�s. O que precisamos fazer � proteger nossa economia e investir em tecnologia para ganharmos produtividade para concorrer com esses produtos”, explicou.
Ele disse ainda que as medidas adotadas pelo governo para conter as importa��es, como o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos setores mais afetados pela crise, como o de ve�culos automotores, por exemplo, podem ajudar, mas n�o se pode dizer que ser�o suficientes. “Essas medidas s�o necess�rias, mas � preciso outras medidas para incentivar as empresas a produzir nacionalmente e � evidente que o impacto disso � a retomada dos empregos.”
Ganz Lucio disse ainda que os efeitos da crise econ�mica internacional ainda v�o durar por mais alguns anos e os pa�ses em desenvolvimento podem ter seu crescimento afetado pelo fen�meno. Para ele, pa�ses como o Brasil ter�o dificuldades de exportar seus produtos. “Economias que n�o tiverem um mercado interno firme ter�o dificuldades e o Brasil tem um mercado importante que precisa ser preservado. Preservar os empregos tamb�m deve ser um objetivo da nossa pol�tica. Ao mesmo tempo, precisamos ter uma estrat�gia exportadora, por isso n�o podemos bloquear todos os produtos da China porque eles podem fazer o mesmo. Temos que encontrar um equil�brio”.