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Estado de Minas

Novo m�nimo diminuir� inadimpl�ncia, mas h� riscos de mais endividamento


postado em 03/01/2012 15:05

O aumento de R$ 77 no sal�rio m�nimo (ganho real de 9,2%) deve levar muitos trabalhadores a colocar em dia as presta��es, zerar empr�stimos e recuperar o cr�dito. “Vou usar o aumento para pagar as contas, d�vidas, � o que d� para fazer”, avalia a auxiliar administrativa Suziane da Silva, 23 anos, que no pr�ximo pagamento receber� R$ 622.

“Esse dinheiro s� vai servir para uma coisa: pagar as contas que sempre ficam por ser quitadas no final do m�s”, concorda a panfleteira Fabiana Aguiar, de 29 anos. "Vou usar esse dinheiro a mais para quitar as contas de casa e, se sobrar algum [dinheiro], vou tentar encher a geladeira", confirma o ajudante Lu�s Carlos Pereira da Silva, 29 anos.

As decis�es de Suziane, Fabiana e Luiz Carlos em pagar suas d�vidas dever�o favorecer a diminui��o geral da inadimpl�ncia que em 2011 alcan�ou 7,3% dos empr�stimos. Se o comportamento dos tr�s for generalizado, haver� um grande benef�cio para a economia: cair�o os juros ao consumidor, destacam especialistas.

De acordo com o economista Carlos Henrique de Almeida, da Serasa Experian, um ter�o do spread banc�rio � determinado pela inadimpl�ncia. Ele avalia que, com o pagamento das d�vidas, haver� uma diminui��o da press�o sobre os juros e em abril, um ambiente de taxas menores para o consumidor. “A vis�o do mercado � que a inadimpl�ncia j� est� chegando no topo”, pondera.

Ele n�o descarta, entretanto, a possibilidade do alto endividamento se perpetuar junto a consumidores de baixa renda. A preocupa��o � que “embora a inadimpl�ncia aconte�a em todas as classes de renda, a classe mais baixa, que tomou mais cr�dito, � a que acaba tendo mais dificuldades para honrar suas d�vidas”. Se o padr�o for mantido, o mercado financeiro tende a cobrar “pr�mio maior” (juros mais altos) em fun��o de riscos maiores.


Para o especialista em educa��o financeira �lvaro Modernell, o aumento do m�nimo deveria ser aproveitado para quitar d�vidas e fazer poupan�a. Em sua opini�o, falta orienta��o do governo nesse sentido e as pessoas deveriam ser estimuladas a poupar seis a dez meses por ano e, assim, “criar vacinas ao endividamento”. Ele avalia que a oferta de cr�dito d� poder de barganha, mas o dinheiro poupado favorece o consumidor na negocia��o. “Al�m das condi��es de pagamento, ele negocia pre�o”, salienta.

Na opini�o do presidente da Confedera��o Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Jr., “quase 100% do aumento vai para o consumo”. Segundo ele, os consumidores de baixa renda “v�o pagar uma continha que ficou para tr�s”, mas ir�o gastar o aumento no com�rcio - especialmente com alimentos, roupas, cal�ados e com bens dur�veis (eletrodom�sticos como geladeiras e m�veis). Pellizzaro Jr. prev� que, no pr�ximo m�s, o consumo no varejo cres�a entre 4% e 4,5%, incluindo os gastos com papelarias por causa do retorno �s aulas, devido ao novo m�nimo.

De acordo com dado divulgado hoje (3) pela Serasa Experian, jovens adultos das periferias e moradores da zona rural foram os segmentos da popula��o cujas consultas ao sistema financeiro para tomada de empr�stimo em 2011 mais cresceram (incremento de 3,3% e 3,1%, respectivamente). De cada 100 consultas sobre cadastro financeiro, cerca de 18 foram para jovens da periferia e cerca de 15 para pessoas da zona rural.


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