O Brasil se saiu melhor do que a It�lia e a Espanha na capta��o de recursos no mercado internacional realizada nos �ltimos dois dias. Os dois pa�ses europeus est�o no meio da crise internacional que abala o velho continente. Mesmo levando isso em conta, o desempenho dos pap�is do Tesouro Nacional surpreendeu, j� que o Brasil superou seu pr�prio recorde de juro baixo.
Na busca de recursos em um mercado com pouca oferta, o Brasil se comprometeu a pagar uma taxa anual de 3,449% ao investidor que comprasse o t�tulo do Pa�s com vencimento em 2021 e cotado em d�lar. Esse foi o menor porcentual da hist�ria das emiss�es brasileiras. J� a It�lia teve que desembolsar o dobro (6,85% ao ano) para um papel em condi��es similares. No caso da Espanha, a taxa de retorno para o comprador saiu a 5,21% ao ano.
Essa diferen�a significa que o investidor est� mais seguro de que o Brasil honrar� seus compromissos. A taxa dom�stica ficou pr�xima tamb�m da francesa (3,27% ao ano), mas ainda est� muito distante de pa�ses mais tradicionais como a Alemanha, por exemplo, que consegue captar pagando apenas 1,89% ao ano aos aplicadores.
Com a oferta dos pap�is, o Brasil conseguiu arrecadar US$ 825 milh�es, anunciou hoje o Minist�rio da Fazenda. Na ter�a-feira, foram US$ 750 milh�es da Europa e dos Estados Unidos e, na madrugada de quarta-feira, US$ 75 milh�es da �sia. O apetite por "comprar Brasil", no entanto, estava ainda maior.
De acordo com uma fonte pr�xima � opera��o, somente nos EUA e na Europa, onde foi captada a maior parte dos recursos, a procura pelos t�tulos brasileiros superou em aproximadamente sete vezes o volume inicialmente projetado, chegando a US$ 3,5 bilh�es.
Um dos objetivos do Tesouro Nacional com essa emiss�o � ajudar as companhias brasileiras que buscam recursos no exterior. As ofertas de t�tulos do governo servem como refer�ncia, em rela��o a juros e volume, para o setor privado, que vinha encontrado dificuldades para acessar o mercado internacional. Com a crise, o cr�dito se tornou raro e caro.