Moradora de Uberl�ndia encontra tecido org�nico em suco e exige explica��o

O que era para ser uma simples degusta��o de suco virou motivo de susto e repulsa em Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro. A t�cnica de enfermagem Maria Ol�mpia de Oliveira, de 48 anos, comprou uma caixa de suco da empresa Sococo em uma mercearia da cidade, e, ao abrir o produto, se surpreendeu com um tecido org�nico, semelhante a um fungo que pesa aproximadamente entre 60 e 70 gramas. A caixa foi aberta em uma companhia da Pol�cia Militar para n�o levantar suspeitas de viola��o do produto. Al�m de registrar um boletim de ocorr�ncia, a consumidora procurou o Procon e a Vigil�ncia Sanit�ria para que sejam feitos testes que identificar�o o material. “Procurei a pol�cia para comprovar que eu n�o havia violado a embalagem”, disse.

A t�cnica afirmou ainda que o produto estava lacrado e dentro do prazo de validade, mas disse que n�o faz ideia do que possa ter acontecido. “N�o sei o que �, mas parece um fungo, um peda�o de carne podre, � muito assustador ”. Outra preocupa��o de Maria Ol�mpia � o fato do filho de 16 anos ter bebido parte o produto."Ele notou um gosto estranho e ainda desconfiou da colora��o, que estava amarelado demais para um suco de uva, al�m disso, depois de esvaziar a caixa, n�s detectamos que havia algo dentro, como se fosse uma pedra”, disse. Maria Ol�mpia tamb�m afirmou que o filho sentiu um desconforto ap�s ingerir o suco, mas n�o procurou atendimento m�dico porque n�o houve maiores complica��es.

A empresa Sococo, respons�vel pela fabrica��o do produto, com sede em Macei� (AL), informou por meio do Servi�o de Atendimento ao Consumidor (SAC) que n�o houve reclama��o formal sobre a situa��o e que aguarda o contato da consumidora para que as provid�ncias sejam tomadas. A empresa tamb�m adiantou que n�o h� registro de casos semelhantes e h� a possibilidade de a caixa ter furado durante a estocagem, permitindo a entrada de micro-organismos. A empresa tamb�m informou que em casos de reclama��es, um representante da marca � enviado at� a casa do consumidor, o produto � recolhido e periciado. A empresa informou ainda que o consumidor � ressarcido no ato da visita do t�cnico ao local.

An�lise

O superintendente do Procon em Uberl�ndia, Franco Alves, disse que o material foi recolhido e encaminhado para a Vigil�ncia Sanit�ria, que deve emitir um parecer sobre a situa��o num prazo de 30 dias. O respons�vel pelo �rg�o de defesa do consumidor tamb�m informou que dependendo do resultado da an�lise, a empresa respons�vel pela fabrica��o do produto pode ser multada e ainda obrigada a adotar novos padr�es de produ��o e procedimentos preventivos para que a situa��o n�o volte a se repetir. "Mas a maior preocupa��o nesses casos � com o consumidor que foi exposto a riscos", ressalta. Em rela��o �s advert�ncias, o Procon informou que as multas aplicadas nas empresas variam de R$ 200 a R$ 3 milh�es, o que vai depender de v�rios fatores, como reincid�ncia da empresa, faturamento anual, grau de gravidade, entre outras.