Se at� o come�o da semana passada o mercado titubeava em rela��o a um segundo corte da taxa Selic, em mar�o, visto que a redu��o de 0,5 ponto porcentual em janeiro � dada como certa, o cumprimento da meta de infla��o em 2011 e as consecutivas melhoras do IPCA di�rio da Funda��o Get�lio Vargas, como a verificada ontem, seguem retirando pr�mios da curva a termo de juros futuros. Com isso, os agentes voltaram a enxergar o juro b�sico em 10% no fim do primeiro trimestre, aguardando apenas a sinaliza��o do Banco Central, ap�s a reuni�o de mar�o, sobre os passos futuros.
Assim, ao t�rmino da negocia��o normal na BM&F, o DI janeiro de 2013, com giro de 270.985 contratos, cedia a 10,00%, de 10,04% no ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014 (171.260 contratos) recuava a 10,49%, de 10,57% na v�spera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (27.260 contratos) estava em 11,10%, de 11,15% ontem, e o DI janeiro de 2021 (1.435 contratos) ca�a a 11,29%, de 11,34% no ajuste.
Hoje, segundo uma fonte que teve acesso � coleta di�ria da FGV, o IPCA no crit�rio ponta desacelerou a alta de 0,40% no dia 7 para +0,33% ontem, com o grupo alimenta��o e bebidas arrefecendo o avan�o de 1,24% para 0,98%. J� o IPCA geral saiu de 0,47% para 0,44%. A desacelera��o do IPCA-15, por sua vez, passou de 0,47% para 0,41% no crit�rio ponta.
Entre os efeitos que podem pressionar os pre�os mais adiante, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu hoje a proje��o para a safra de gr�os 2011/2012 em seu quarto levantamento, em raz�o de fatores clim�ticos adversos, principalmente no Sul do Pa�s, cujas lavouras enfrentam per�odo de estiagem. A produ��o nacional est� estimada em 158,45 milh�es de toneladas, o que representa queda de 2,8% (4,51 milh�es de toneladas) em compara��o com a safra 2010/11, que foi de 162,96 milh�es de toneladas.
Esse quadro ruim para as commodities pode reverter, mais adiante, os atuais indicadores positivos de infla��o. At� mesmo porque o clima n�o est� nos modelos da maioria dos analistas. E, al�m das commodities agr�colas afetadas pela seca no Sul, o excesso de chuvas no Sudeste - sobretudo em Minas Gerais - pode impactar a explora��o de min�rio de ferro e, consequentemente, trazer press�o aos pre�os da mat�ria-prima.
No exterior, os indicadores vieram mistos, mas os positivos prevaleceram. O principal deles � que a ag�ncia de classifica��o de risco Fitch informou hoje que n�o prev� um rebaixamento no rating triplo A da Fran�a este ano, segundo comentou uma porta-voz da companhia, citando um comunicado divulgado no m�s passado.