A energia gerada pelas usinas nucleares Angra 1 e 2 foi recorde hist�rico no ano passado, somando 15,644 milh�es de megawatts-hora (MWh). A informa��o foi divulgada, no Rio de Janeiro, pela Eletronuclear, empresa do Sistema Eletrobras. Individualmente, as duas usinas tamb�m bateram os recordes anteriores de produ��o registrados em 2010 e 2008, respectivamente, atingindo 4,654 milh�es de MWh (Angra 1) e 10,989 milh�es de MWh (Angra 2).
O diretor de Opera��o e Comercializa��o da Eletronuclear, Pedro Figueiredo, comemorou o desempenho das usinas nucleares. “Angra 1 tem 30 anos de funcionamento e nunca gerou tanto. E Angra 2, com dez anos, tamb�m n�o”.
Figueiredo atribuiu o fato � troca do gerador a vapor de Angra 1, realizada em 2009, o que vem melhorando gradualmente o resultado da usina. “Em Angra 2, n�o houve necessidade de parar para reabastecimento. Isso aumentou tamb�m [a gera��o]”. Outro fator que contribuiu para a gera��o registrada em 2011 “foi a demanda do sistema, que pediu mais gera��o e n�s respondemos”.
Para ele, a fonte nuclear de energia “� uma op��o v�lida para suprir as necessidades do sistema el�trico”. No momento, as duas usinas est�o operando a 100% de sua capacidade. De acordo com informa��o do Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS), a energia nuclear foi a segunda maior fonte de gera��o de eletricidade no Brasil, no ano passado, respondendo por 3,17% da matriz el�trica nacional. A primeira fonte geradora foi a energia hidr�ulica (91% do total). “E a gente espera que continue assim, porque � uma d�diva para o pa�s ter essa disponibilidade de �gua”.
No estado do Rio de Janeiro, as usinas Angra 1 e 2 geraram o equivalente a 30% do consumo. Quando a usina Angra 3 entrar em opera��o, entre o final de 2015 e o in�cio de 2016, a energia nuclear representar� 60% do que � consumido de energia el�trica no estado, estimou Figueiredo.
O diretor da Eletronuclear acredita que o ano de 2012 tamb�m ser� bom para a �rea nuclear. “A expectativa � boa porque Angra 1 n�o deve parar para reabastecimento, porque parou em outubro [de 2011]. Em segundo lugar, porque o ONS vem gradativamente solicitando mais e mais a participa��o das [usinas] nucleares como complementa��o das usinas hidr�ulicas”.
Ele apontou como vantagem diante de outras usinas t�rminas, o fato de as usinas nucleares serem mais baratas. O custo m�dio do combust�vel nuclear para as usinas Angra 1 e 2 ficou em R$ 20,41 por MWh, no ano passado. Essa mesma gera��o, se tivesse sido feita por outras fontes de energia t�rmica, conforme Figueiredo, custaria R$ 71,31 por MWh. “Quase tr�s vezes e meia a diferen�a entre o custo do combust�vel nuclear e o de outros combust�veis, entre os quais carv�o e g�s natural”. As usinas Angra 1 e 2 t�m pot�ncia total de 2 mil MW.