Os bancos suspenderam nesta sexta-feira as negocia��es com a Gr�cia quanto �s modalidades de reestrutura��o da d�vida do pa�s, ap�s uma reuni�o entre o primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, e o diretor do Instituto de Finan�as Internacionais (IIF), Charles Dallara. O instituto � a associa��o que re�ne os principais bancos globais.
As discuss�es "n�o levaram a uma resposta construtiva de todas as partes", disse hoje o IIF, em comunicado divulgado nesta ter�a-feira em que acrescenta que as negocia��es "est�o suspensas para permitir uma reflex�o" sobre a conveni�ncia de que as conversa��es continuem.
Uma fonte que participa das negocia��es disse que essas reuni�es destinadas a acertar a reestrutura��o de 50% da d�vida soberana da Gr�cia est�o em um estado de tens�o "extremo" e que as partes "devem reconhecer a situa��o muito grave" para "evitar o pior".
O principal obst�culo, de acordo com a imprensa, s�o os juros dos novos t�tulos de d�vidas que ir�o substituir os t�tulos de d�vida detidos por bancos e seguradoras, que constituem o n�cleo dos credores da Gr�cia.
Os contatos dever�o ser retomados provavelmente na pr�xima quarta-feira (18), embora os bancos tenham avisado � Gr�cia, ontem (12), que o tempo para um acordo quanto � participa��o do setor privado est� chegando ao fim. A advert�ncia ocorreu depois de reuni�o entre Dallara, Papademos e o ministro grego das Finan�as, Evangelos Venizelos.
De acordo com o porta-voz do governo grego, Pantelis Kapsis, o pa�s ainda n�o decidiu se aprova uma lei que exija aos credores relutantes que aceitem o perd�o da d�vida, uma op��o no caso de uma maioria de 75% n�o concordar com o acordo. Esse passo poderia levar as ag�ncias de classifica��o de risco a declarar a Gr�cia falida e abrir a porta para que os detentores de seguros de cr�dito sobre d�vida exijam o pagamento.
A reestrutura��o da d�vida grega � um dos pilares do segundo programa de resgate anunciado em outubro passado pelo Fundo Monet�rio Internacional (FMI) e pela Uni�o Europeia, no valor de 130 bilh�es de euros. Esse processo prev� que os credores privados (bancos, seguradoras e fundos) aceitem uma perda de 50% na d�vida grega, o que aliviaria o endividamento grego em cerca de 100 bilh�es de euros.
Recentemente, no entanto, autoridades da Gr�cia afirmaram a necessidade de aumentar as perdas que os credores ter�o de suportar, para permitir que as finan�as p�blicas gregas se equilibrem. O Banco Central Europeu (BCE) j� informou que n�o est� envolvido nessas negocia��es.