Minera��o sofre efeitos da chuva em Minas

Os efeitos das chuvas que castigaram o estado sobre as ind�strias da minera��o e setores que dependem da mat�ria-prima, como os produtores de ferro-gusa (produto intermedi�rio ao a�o), atividades de peso na economia mineira, levam � queda de produ��o e preocupam quanto ao fornecimento desses insumos. A Companhia Sider�rgica Nacional (CSN), dona da Mina Casa de Pedra, de Congonhas, na Regi�o Central de Minas Gerais, informou, nessa sexta-feira, estar estudando o uso do mecanismo de decreta��o de for�a maior em seus contratos com clientes, como fez a Vale, ante a redu��o da produtividade na extra��o de ferro na regi�o.

A produ��o de ferro-gusa foi afetada pelas dificuldades das empresas de processar carv�o e min�rio que ficaram �midos em decorr�ncia do excesso de chuvas, embora as metas nas usinas n�o tenham sido comprometidas, de acordo com Fausto Varela Can�ado, presidente-executivo do Sindicato da Ind�stria do Ferro de Minas (Sindifer-MG). O maior problema est� no transporte do gusa at� as estradas de ferro por onde segue at� o porto em dire��o ao exterior. As enchentes atrasaram o escoamento. “Ainda estamos apreensivos porque a situa��o n�o est� resolvida. Agora, trabalhamos no limite de prazo dos embarques”, afirmou o executivo.
Na quinta-feira, o diretor-executivo de Ferrosos e Estrat�gia da Vale, Jos� Carlos Martins, informou que a mineradora registrava em seus portos pelo menos 10 navios a mais que o esperado aguardando a chegada de carga. Alagamentos dificultaram a opera��o de minas e de ferrovias, o que fez a Vale decretar situa��o de for�a maior em seus contratos, ao prever redu��o de 20% da produ��o de min�rio de ferro em Minas neste m�s. Para todo o ano, o impacto dever� ser de uma pequena queda de 1%.

Na CSN, est� mantida a previs�o de uma produ��o de 33 milh�es de toneladas em 2012 da Mina Casa de Pedra, segundo a assessoria de imprensa da sider�rgica. Carlos Martins, da Vale, afirmou que a companhia tem como prioridade atender o mercado brasileiro e tem uma preocupa��o mais imediata com os embarques para a Europa, regi�o atendida mais rapidamente pela dist�ncia menor da costa brasileira. Um navio embarcado com dire��o � China, principal cliente da mineradora, precisa de 45 dias para chegar ao destino.