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Estado de Minas

Em 2011, infla��o alta pesou no bolso de fam�lias da Grande BH

Levantamento feito a pedido do Estado de Minas mostra como subiram os pre�os em cada c�modo dos lares da Grande BH em 2011. Avan�o silencioso corroeu o or�amento familiar


postado em 15/01/2012 07:03 / atualizado em 15/01/2012 07:18

Os tempos de infla��o alta reinaram dentro de casa no ano passado, sem que o consumidor se desse conta da silenciosa invas�o de reajustes. Na Grande BH, eles come�aram modestos na sala, onde o conserto do televisor encareceu 5,44% frente a uma varia��o de 6,79% do custo de vida em 2011 na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, se infiltraram pelos quartos, que guardaram roupas infantis 10,9% mais caras, e terminaram na garagem e nas contas de manuten��o do lar, com rombos de 13,38% deixados pelo aumento dos combust�veis e de 15,80% do aluguel, mais que o dobro do �ndice geral medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Quem se lembra da antiga can��o do poeta Vinicius de Moraes A casa n�o vai sentir saudades de 2011. Ao contr�rio do im�vel descrito pelo poetinha, “era uma casa muito engra�ada/n�o tinha teto, n�o tinha nada”, o lar acolhedor e repleto dos equipamentos modernos custou muito caro.

Para tentar detalhar essa despesa, essencial ao or�amento das fam�lias mas que costuma passar despercebida, a reportagem do Estado de Minas selecionou uma s�rie de 61 itens mais comuns por c�modo numa casa em que o poder de compra seja coberto pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial da infla��o no Brasil, medido pelo IBGE. O IPCA retrata os gastos das fam�lias com renda de um a 40 sal�rios m�nimos em 11 regi�es metropolitanas do pa�s. Os c�lculos feitos pelo analista Ant�nio Braz de Oliveira e Silva, do escrit�rio do IBGE em Minas, mostraram que a infla��o m�dia da casa na Grande BH em 2011 foi de 6,1%, superando a m�dia no pa�s, de 5,4%.

A manuten��o do lar, que inclui aluguel, condom�nio, taxa de �gua e esgoto, energia el�trica, reparos (ferragens, tinta, material el�trico, entre outros gastos) e empregado dom�stico, foi a campe� das altas de pre�os, com 9,23%, em m�dia, frente a 7,54% no pa�s. A garagem ficou na vice-lideran�a, com eleva��o de 6,41%, al�ada pela corre��o dos combust�veis. A m�dia brasileira no item ficou em 3,84%.

Entre os sete c�modos e as contas para manter o lar, a infla��o no entorno da capital mineira s� perdeu para a m�dia nacional no quarto e no escrit�rio (veja abaixo). O estudo foi realizado combinando a varia��o dos pre�os aos pesos de cada despesa na composi��o do IPCA em dezembro de 2011, portanto antes da revis�o da base de c�lculo do �ndice que o IBGE anunciou na quarta-feira, dia 4. “O movimento dos pre�os, em geral, reflete a oferta de produtos e servi�os em cada capital, a estrutura de consumo e a forma como os servi�os p�blicos rebatem”, observa Antonio Braz. � por essa raz�o que itens como vassoura e ventilador nem aparecem na apura��o do IPCA na Grande BH, porque n�o s�o representativos.

Na infla��o da casa em 2011, alguns gastos fizeram a Regi�o Metropolitana de BH se descolar da m�dia nacional. O aluguel foi um dos principais destaques, ao exibir a maior varia��o no pa�s, seguida da alta de 12,44% no Distrito Federal e 11,48% em S�o Paulo. O presidente da C�mara do Mercado Imobili�rio e Sindicato das Empresas do Mercado Imobili�rio de Minas Gerais, Ariano Cavalcanti, contesta e sustenta que 2011 foi um ano de acomoda��o dos pre�os. “A oferta de im�veis vem aumentando e novas unidades devem entrar no mercado”, afirma. Pelas leis da economia, a oferta maior dever� significar pre�os mais favor�veis aos inquilinos.

Combust�vel

Na garagem, o reajuste principal de pre�os veio dos combust�veis, que saltaram 13,38% entre 2010 e 2011 na Grande BH, ante a m�dia nacional de 7,49%. Os dados apurados pela Funda��o Ipead/UFMG s�o muito semelhantes aos do IBGE: a gasolina acumulou alta de 14% no ano, enquanto o �lcool chegou a 18%. A queda na produ��o de etanol dificultou o suprimento da demanda interna, levando a Petrobras a importar o produto.

Foi nos eletr�nicos e eletrodom�sticos que as fam�lias encontraram al�vio para as contas. “A rapidez de obsolesc�ncia � muito grande, o que contribui para a queda de pre�o desses produtos”, observa o coordenador de pesquisa e desenvolvimento da Funda��o Ipead/UFMG, Wanderley Ramalho. A forte concorr�ncia de grandes redes varejistas do setor, associada ao incentivo do governo com redu��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) completou o cen�rio favor�vel para corte de custos.


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