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Estado de Minas

Chuva leva preju�zos para restaurantes que registram a pior temporada dos �ltimos anos

Vendas de biqu�nis, sorvetes e ventiladores tamb�m apresentaram queda


postado em 15/01/2012 07:19

Leonardo Marques não vê a hora de o sol voltar a brilhar para compensar as perdas na Monjardim Costelaria(foto: Pedro Motta/Esp.EM/D.A.PRess)
Leonardo Marques n�o v� a hora de o sol voltar a brilhar para compensar as perdas na Monjardim Costelaria (foto: Pedro Motta/Esp.EM/D.A.PRess)
 

“Dia de chuva � dia de choro para dono de bar e restaurante”, resume o empres�rio Leonardo Marques, dono da Monjardim Costelaria, do Gonzaga Botequim e do Buteco da Carne, no Bairro de Lourdes, em Belo Horizonte. Ele n�o segura o desabafo na hora de falar sobre os preju�zos que a �gua ininterrupta trouxe aos seus neg�cios nos �ltimos tempos. “� p�ssimo. O cliente n�o sai de casa e as pessoas que entram no bar demoram a liberar as mesas, pois esperam a chuva passar”, diz Marques.

Na Monjardim Costelaria, onde a metade da �rea � descoberta, o consumo cai entre 60% e 70% nos dias de chuva. “E temos que arcar com os custos fixos normais, como folha de pagamento dos funcion�rios e aluguel. A nossa expectativa � de tirar a diferen�a assim que o sol aparecer, quando esperamos ter fila na porta do restaurante. O per�odo chuvoso s� beneficia quem est� em shopping ou no Mercado Central”, diz Marques. No Gonzaga e no Buteco da Carne, as vendas ca�ram em torno de 50% em dezembro e neste m�s. “ Se n�o houvesse chuva, seriam entre 30% e 40% maiores”, afirma o empres�rio.
A horta org�nica que abastece o buf� Pimenta Gastronomia e a loja de congelados gourmet Jadore foi por �gua abaixo com a chuvarada dos �ltimos tempos. “A chuva acabou com mais de 60% da horta que estava pronta para ser colhida. Agora estamos preparando os canteiros e esperando a estiagem para voltar a plantar”, afirma Let�cia Pimenta, dona do buf�. A chuva destruiu ervas e os p�s de hortali�as da horta. O manjeric�o roxo e verde, o alecrim, a cebolinha, a salsa, o tomilho e a couve foram algumas das plantas mais prejudicadas. “Fizemos a substitui��o dos produtos, pois muitos tamb�m n�o foram encontrados mais no mercado”, diz Let�cia.

A cren�a de que o ver�o � per�odo de vender sorvetes, biqu�nis e ventiladores n�o vigorou neste ano por causa da forte incid�ncia de chuvas na Regi�o Central de Minas. A expectativa de crescimento de 20% nos neg�cios da marca Cila, de moda praia, foi frustrada por causa dos temporais. “Alguns produtos, como sunga e biqu�ni, dependem do sol. E at� agora s� tivemos chuva. Devemos empatar com as vendas do ver�o passado”, explica a gerente de marketing da empresa, Mara Borges.

Depois de 16 anos no mercado, a sorveteria Easy Ice experimentou, pela primeira vez, o pior ver�o de vendas da hist�ria, com queda de 40% no faturamento. “Sorvete � um neg�cio de ver�o no Brasil. Tentamos sobreviver no inverno. Mas os �ltimos meses foram completamente at�picos. Em outubro, tivemos s� dois domingos de sol. E em Belo Horizonte as pessoas n�o saem de casa com chuva”, diz Juliana Scucato, dona da sorveteria, que tem unidades no Bairro Funcion�rios, no BH Shopping e no P�tio Savassi.

Sem tempor�rios

Todos os anos a sorveteria contrata cerca de 30% de funcion�rios tempor�rios. “Este ano, por causa das chuvas, nem pensamos nisso”, afirma Juliana. A loja de rua, diz, sofre mais. “A nossa unidade do Funcion�rios sempre abriu no dia de Natal. No ano passado fechamos. Em dia de chuva as pessoas s� querem ficar em casa comendo pipoca e vendo filme”, diz.

E, se for depender do tempo atual, os neg�cios da Casa do Vento, especializada em ventila��o e exaust�o, n�o sopram a favor. O pico de vendas da loja acontece de setembro a abril. “Nossas vendas s�o muito focadas no calor que faz durante a noite. Com as chuvas, a procura caiu em torno de 25% em rela��o a um per�odo normal”, observa Thiago Andrade, supervisor de vendas. A loja est� no mercado mineiro h� 15 anos e teve neste ano a pior temporada de vendas do ver�o. “O nosso neg�cio depende diretamente do calor”, afirma Andrade. “Mas ainda acreditamos que tudo pode ocorrer nos pr�ximos tr�s meses. O calor pode chegar em uma semana e a� tentaremos recuperar o tempo perdido”, refor�a.

Palavra de especialista

Jamil Moys�s
coordenador de log�stica da Funda��o Getulio Vargas

Nada � para sempre

“Entre perdas e ganhos, o importante � que os empres�rios n�o foquem os neg�cios em per�odos curtos. Ningu�m ganha por per�odos longos com uma situa��o catastr�fica como essa. � importante que o empres�rio que teve aumento nas vendas no per�odo chuvoso guarde o dinheiro, pois as fam�lias tendem a reduzir o gasto no futuro. O or�amento das fam�lias n�o foi alterado em fun��o das chuvas. O mesmo cliente que gastou com pneus e fez consertos inesperados no carro agora pode cortar a viagem de f�rias no futuro, o que afeta de outra forma os neg�cios do centro automotivo. E aqueles que perderam podem ganhar assim que a temporada de chuvas passar.”


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