O governo argentino mandou investigar a Petrobras e outras quatro empresas de petr�leo, acusadas de sobrepre�o no combust�vel vendido �s empresas de transporte de passageiros e carga em rela��o ao produto comercializado nos postos. O ministro do Planejamento, J�lio De Vido, disse hoje que o �leo diesel, vendido no atacado, est� com o pre�o at� 30% a mais que no varejo – o que, segundo ele, n�o faz sentido. Consultada pela Ag�ncia Brasil, a assessoria de imprensa da Petrobras n�o quis comentar o assunto.
A den�ncia, feita pelas empresas de transporte de passageiros e carga, foi encaminhada pelo governo argentino � Comiss�o Nacional de Defesa da Competi��o (CNDC). Al�m da Petrobras Argentina, ser�o investigadas a Repsol-YPF, Shell, Esso e Oil. A pol�tica de Estado “� combater e terminar com os monop�lios e os grupos de poder que distorceram as vari�veis de mercado”, disse De Vido.
O ministro pediu “uma r�pida solu��o para o problema” que, segundo ele, prejudica “40 milh�es de argentinos” e beneficia “apenas cinco empresas”. Com os sobrepre�os, as empresas estariam faturando, em m�dia, 3,5 bilh�es de pesos (R$ 1,4 bilh�o) ao ano, encarecendo o transporte p�blico.
Desde a reelei��o de Cristina Kirchner, em outubro passado, o governo tem anunciado medidas para refor�ar o controle do c�mbio, dificultar as importa��es e cortar os subs�dios. A inten��o � fazer caixa em um ano que promete ser dif�cil por causa da crise internacional e da perspetiva de um menor crescimento econ�mico em pa�ses como o Brasil e a China. O transporte publico, por enquanto, continua sendo subsidiado.
Na entrevista, o governo argentino criticou principalmente a Repsol-YPF e a Shell. De Vido acusou o presidente da Shell, Juan Jos� Aranguren, de ser “um sistem�tico opositor” do governo.