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Estado de Minas

Brasil cresce mais do que o esperado e surpreende mercado

�ndice de Atividade Econ�mica do Banco Central registra expans�o de 1,15% em novembro. Ritmo de cortes na taxa de juros pode diminuir


postado em 17/01/2012 08:41 / atualizado em 17/01/2012 08:45

O Brasil voltou a crescer e surpreendeu o mercado. Enquanto a maioria dos analistas esperava o �ndice de Atividade Econ�mica do Banco Central (IBC-Br) de novembro em torno de 0,9%, o pa�s registrou avan�o de 1,15%, desempenho que foi recebido com euforia pelo governo. Al�m das vendas do com�rcio, a recupera��o da ind�stria contribuiu: a expectativa � de que tenha feito de dezembro mais um m�s de crescimento elevado.

Para a equipe econ�mica, a atividade saiu do fundo do po�o e vai dar passos ainda mais largos sob efeito do novo sal�rio m�nimo e do impacto do afrouxamento monet�rio. Em fevereiro, o piso nacional chega ao bolso dos trabalhadores valendo R$ 622. Na vis�o de especialistas, praticamente todo o ganho extra ser� direcionado para o consumo, o que deve promover uma expans�o forte no Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas do pa�s) no in�cio do ano. No segundo trimestre, a economia come�a a sentir o efeito dos cortes nos juros b�sicos (Selic) feitos at� agora e o brasileiro poder� ter acesso a financiamentos mais baratos.

Alexandre Tombini, presidente do BC: desempenho anima equipe e prioridade será o combate à inflação(foto: Reuters)
Alexandre Tombini, presidente do BC: desempenho anima equipe e prioridade ser� o combate � infla��o (foto: Reuters)
Com a economia praticamente de volta ao seu curso normal, a equipe do presidente do BC, Alexandre Tombini, tende a ficar mais conservadora e concentrar suas for�as no combate � infla��o. O �ndice de Pre�os ao Consumidor Semanal, calculado pela Funda��o Getulio Vargas (FGV), assustou ao registrar eleva��o de 0,97% na segunda pr�via de janeiro. As perspectivas do boletim semanal Focus para o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) do m�s tamb�m est�o ligeiramente distantes do ideal para que a carestia encolha para o centro da meta, definida em 4,5% . A expectativa do mercado para janeiro � de 0,55%, taxa 0,17 ponto percentual acima do desejado pelo BC.

Mesmo com esse cen�rio animador e �s v�speras da primeira reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do ano, o mercado acredita que ainda n�o h� elementos suficientes para uma mudan�a na estrat�gia do BC. Segue un�nime a aposta de mais um corte de 0,50 ponto percentual, por�m, os analistas come�am a questionar at� quando ser� poss�vel seguir com o afrouxamento monet�rio. Se os especialistas estiverem certos, amanh� a Selic cair� de 11% ao ano para 10,5%. “A queda j� est� precificada”, afirmou o economista-chefe da Prosper Corretora, Eduardo Velho.

Sinais
Alfredo Barbutti, economista da corretora BGC Liquidez, afirma que a d�vida em rela��o � longevidade do ciclo de ajuste foi plantada pelo pr�prio BC na divulga��o do �ltimo relat�rio trimestral de infla��o, em dezembro do ano passado. “O diretor (do BC) Carlos Hamilton indicou que o per�odo de cortes seria menor do que o previsto inicialmente pelo mercado”, disse. Agora, a reuni�o do Copom de 6 e 7 de mar�o come�a a figurar como poss�vel limite para as quedas de 0,50 ponto percentual na Selic, quando a taxa alcan�aria 10% ao ano. Entretanto, tudo deve depender do cen�rio internacional.

“O Banco Central j� viveu essa situa��o antes (de infla��o e crescimento em alta) e n�o mudou de ideia quanto � flexibiliza��o da pol�tica monet�ria. O BC vem se pautando mais pelo cen�rio internacional”, ponderou Jankiel Santos, economista-chefe do Esp�rito Santo Investment Bank. Mauro Schneider, economista-chefe do Banif, considera que ainda � cedo para falar em mudan�a na rota da taxa Selic. “O peso do cen�rio internacional deve continuar a ser relevante e ele ainda est� mergulhado em incertezas e riscos”, argumentou.

Produção de tomate foi prejudicada pelas chuvas: alta de 18,85%(foto: Iano Andrade/CB/D.A/Press)
Produ��o de tomate foi prejudicada pelas chuvas: alta de 18,85% (foto: Iano Andrade/CB/D.A/Press)

Vendas
Segundo a pr�via do antecedente de atividade econ�mica do Ita� Unibanco, o pa�s cresceu 0,4% em dezembro do ano passado, puxado por uma acelera��o da produ��o industrial e das vendas do varejo. Comparada a dezembro de 2010, a expans�o foi de 1,8%. A perspectiva do banco para o quarto trimestre do ano � de expans�o de 0,2%. “Apesar dos sinais de que a economia voltou a se expandir na margem, o �ltimo trimestre de 2011 ainda foi fraco”, observou Aur�lio Bicalho, economista do Ita� Unibanco.


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