O Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) observou que houve uma descentraliza��o geogr�fica na concess�o de cr�dito em 2011. Os desembolsos para as regi�es Norte e Nordeste somaram 22% do total liberado pelo banco. Em 2010, as duas regi�es foram respons�veis por 17% dos desembolsos totais.
No entanto, a regi�o Norte registrou uma queda de 8% nos desembolsos obtidos em 2011, em rela��o a 2010. Os desembolsos para a regi�o Norte somaram R$ 10,9 bilh�es em 2011, enquanto os liberados para o Nordeste totalizaram 18,8 bilh�es no per�odo, um aumento de 9% ante 2010 e que puxou o resultado da soma de ambas.
A regi�o Sudeste ficou com praticamente metade dos desembolsos do banco: R$ 68,2 bilh�es. O resultado, por�m, representa um recuo de 30% em rela��o ao volume liberado em 2010. J� a regi�o Sul aprece com a segunda maior fatia dos desembolsos: 21% do total, ou R$ 29,7 bilh�es, volume que representa uma queda de 2% sobre o valor de 2010. A regi�o Centro-Oeste obteve 8% do total de desembolsos, com um total de R$ 11,35 bilh�es, resultado est�vel em rela��o ao ano anterior.
Libera��es
Segundo o BNDES, o ritmo de libera��o de recursos no final do ano aumentou, o que permitiu fechar 2011 dentro da previs�o de R$ 140 bilh�es. O total de desembolsos somou R$ 139,7 bilh�es em 2011. No quarto trimestre, as libera��es foram de R$ 47,2 bilh�es, que representam uma alta de 17% em rela��o a igual per�odo de 2010. "A acelera��o na concess�o de cr�dito em novembro e dezembro ajudou o banco a fechar o ano dentro das nossas expectativas", contou Luciano Coutinho, presidente da institui��o.
Coutinho ressaltou que, embora o resultado de 2011 represente um recuo de 17% sobre o total liberado em 2010, as libera��es ficaram em patamar semelhante ao daquele ano. Se descontados os R$ 24,7 bilh�es aplicados pelo BNDES na capitaliza��o da Petrobras, considerada uma opera��o at�pica, lembrou ele, os desembolsos de 2010 ficaram em R$ 143,6 bilh�es.
Modera��o
Em rela��o a 2012, Coutinho n�o quis fazer previs�es sobre o desempenho do banco, mas afirmou que a orienta��o � seguir a pol�tica de modera��o dos desembolsos para abrir espa�o ao financiamento privado de longo prazo.
Segundo Coutinho, o BNDES ainda conversa com o Minist�rio da Fazenda sobre eventual necessidade do banco de fazer novos empr�stimos do Tesouro Nacional neste ano. "Temos alguma folga", disse o presidente do banco, referindo-se � disponibilidade de R$ 10 bilh�es do �ltimo cr�dito, aprovado em 2010.
O BNDES informou ainda que o banco registrou em 2011 o maior n�mero de opera��es de sua hist�ria, com 896 mil financiamentos, expans�o de 47% em rela��o a 2010. O aumento nas opera��es de cr�dito deveu-se, sobretudo, ao aumento dos desembolsos para as micro, pequenas e m�dias empresas.