(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

BC reduz juros a 10,5% e refor�a al�vio para o consumidor

Copom decide cortar Selic pela quarta vez seguida e queda de dois pontos percentuais desde junho diminui custo dos financiamentos de bens e dos empr�stimos pessoais


postado em 19/01/2012 06:00 / atualizado em 19/01/2012 08:19

O Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central reduziu a taxa b�sica de juros da economia (Selic) de 11% para 10,5% ao ano, confirmando as expectativas do mercado financeiro. E n�o � apenas a Selic que sucumbe diante do esfriamento da economia brasileira – ao passar para a menor taxa desde junho de 2010 –, mas as taxas de juros para financiamentos e cr�dito pessoal tamb�m. Os sinais de redu��o do consumo t�m pressionado as institui��es financeiras a acelerar o corte dos juros b�sicos como forma de estimular as compras. Se h� dois anos demorava meses, agora basta que o Copom bata o martelo para que os bancos anunciem as novas tarifas.

“O custo do dinheiro depende da demanda por cr�dito. Se ela se mant�m elevada, n�o h� motiva��o para reduzir os juros”, pondera o coordenador do curso de economia do Ibmec, M�rcio Salvato. Diante de um cen�rio inverso, os bancos correm para tornar o dinheiro mais barato. As estat�sticas est�o a favor do consumidor e novos cortes s�o esperados at� dezembro. Segundo levantamento do Estado de Minas, desde 2002 todas as vezes que o ano come�ou com queda da Selic, a tend�ncia de redu��o se manteve at� o fm do per�odo.

A forte concorr�ncia entre os gigantes do setor financeiro tamb�m � apontada pelo vice-presidente da Associa��o Nacional de Executivos de Finan�as, Administra��o e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira, como motiva��o para encurtar a dist�ncia entre o corte da Selic e o repasse das novas taxas de juros para as linhas de cr�dito pessoal.

A espera reduzida pelo benef�cio, por�m, n�o significa repasse integral. Segundo levantamento preliminar divulgado pela Anefac, o novo corte de 0,5 ponto percentual da Selic anunciado ontem poder� levar o empr�stimo pessoal oferecido pelos bancos de uma taxa mensal de 4,21% para 4,17% ao m�s, queda de 0,95%, contra recuo de 4,55% da Selic. “H� outros fatores que justificam os juros praticados em financiamentos. Entre eles, a inadimpl�ncia e custos de opera��o, sendo a Selic apenas uma taxa de refer�ncia”, pondera Salvato.

Ritmo Desde julho, quando os juros nominais somavam 12,5% ao ano, a taxa para o cr�dito pessoal registrou corte de 0,5 ponto percentual, um quarto do registrado pela Selic. “Para algumas linhas, o repasse � mais r�pido, o que n�o acontece com o cheque especial”, pondera Miguel Ribeiro. Segundo o vice-presidente da Anefac, somente o rotativo do cart�o de cr�dito n�o sentiu os efeitos da curva descendente de juros iniciada em agosto de 2011. “� a �nica que se mant�m est�vel h� mais de 12 meses. Isso acontece por conta da falta de competi��o no setor”, observa.

Apesar de reconhecer os efeitos reduzidos para o consumidor, Miguel alerta para a import�ncia de se manter uma retra��o constante da Selic. “A nossa expectativa � de que as taxas de juros voltem a ser reduzidas para evitar uma desacelera��o forte em nossa economia.”

Em conson�ncia com as decis�es do Copom, o Banco do Brasil reduziu os juros pela quarta vez consecutiva desde julho de 2011. A partir de hoje, a taxa para credi�rio passar� de 3,39% para 3,35% ao m�s, enquanto a de financiamento para ve�culo ser� reduzida de 1,36% para 1,32% ao m�s. A Caixa Econ�mica Federal (CEF) tamb�m anunciou ontem, depois de o BC decidir pela nova Selic, que vai reduzir as taxas de juros em suas linhas de cr�dito para consumidor e empresas. Segundo o banco, os juros ser�o diminu�dos em at� 28,3 pontos percentuais ao ano para pessoa f�sica e em at� 1 ponto percentual ao ano para pessoa jur�dica.

O povo fala
Voc� percebeu a redu��o da taxa de juros?
"A varia��o no empr�stimo consignado foi muito pequena. Eles est�o privilegiando quem faz empr�stimos a longo prazo, pois � uma forma de eles ganharem mais com os juros altos." Elizabeth Maria Carvalho, advogada

"No empr�stimo pessoal n�o percebi nada diferente. Espero que um dia ainda caia. A esperan�a a gente nunca perde e � medida que o pa�s enriquece a tend�ncia � a taxa cair" S�nia Scott, astr�loga

"A m�dia de juros no cart�o de cr�dito continua 16% ao m�s. Eu acho absurda. Voc� n�o consegue se livrar nunca da d�vida, enquanto na poupan�a voc� ganha 0,5%" Vicentina Paula de Lima, costureira

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)