Os ministros de Finan�as da Eurozona buscam nesta segunda-feira em Bruxelas selar um acordo que permita � Gr�cia, a beira da quebra, reduzir sua d�vida com os bancos privados e afinam para isso o plano europeu anticrise, sob a gigantesca press�o de "evitar o cont�gio da crise" no mundo inteiro.
A diretora-gerente do Fundo Monet�rio internacional (FMI), Christine Lagarde, advertiu que se n�o houver uma rea��o vigorosa dos governos europeus, "corremos o risco de sofrer um epis�dio digno dos anos 30", quando a grave crise econ�mica gerou no continente um amplo movimento protecionista e nacionalista, facilitando a emerg�ncia do fascismo.
A Comiss�o Europeia, no entanto, disse que espera que se alcance um acordo para reduzir a d�vida grega, "preferencialmente esta semana", estendendo o prazo inicial, que previa a decis�o para esta segunda-feira.
Os ministros da Uni�o Monet�ria, integrada por 17 pa�ses da Uni�o Europeia, se reunir�o nesta segunda-feira em Bruxelas. Segundo o diretor do Instituto para Finan�as Internacionais (IIF), Charles Dallara, os credores privados da Gr�cia apresentaram sua oferta "m�xima" sobre o que est�o dispostos a suportar como perda.
"Nossa proposta (...) � a proposta m�xima que pode ser feita em um programa de socorro tido como 'volunt�rio'", disse Dallara. O objetivo da negocia��o em Atenas � que os banqueiros aceitem
Contudo, ainda � preciso definir os juros dos novos t�tulos a serem emitidos pela Gr�cia e a magnitude exata das perdas dos bancos. O resultado dessas negocia��es depender�o ainda do desbloqueio de 130 bilh�es de euros de um segundo plano de resgate para Gr�cia por parte de seus credores institucionais: o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) e a Uni�o Europeia.
A Gr�cia j� tem os dias contados: no dia 20 de mar�o o pa�s deve pagar o vencimento de uma d�vida de 14,500 bilh�es de euros. As reuni�es dos ministros de Finan�as, que continuar�o na ter�a-feira, somadas � reuni�o de dirigentes europeus de 30 de janeiro, s�o consideradas cruciais para acelerar a sa�da da Europa da crise da d�vida.
Contudo, ainda existem v�rios assuntos espinhosos por resolver. Entre eles a defini��o do sucessor de Jos� Manuel Gonz�lez-P�ramo, membro do Comit� Executivo do Banco Central Europeu, cujo posto vence em maio.
Os ministros e dirigentes europeus tentam definir o pacto fiscal para a Eurozona e os pa�ses europeus que querem aderir a ela, que prev� um rigoroso controle do d�ficit estrutural (que n�o poder� ser superior a 0,5% do PIB) e da d�vida. Do contr�rio, os pa�ses europeus poder�o denunciar os infratores ante o Tribunal de Justi�a Europeia.