O Fundo Monet�rio Internacional (FMI) refor�ou nesta ter�a-feira a necessidade de as economias ao redor do mundo seguirem com os ajustes fiscais, em especial as avan�adas, mas alertou que esse processo deve ocorrer dando suporte tamb�m ao crescimento e ao emprego. At� porque, em 2011, como o pr�prio Fundo ressalta, os d�ficits fiscais ca�ram significativamente em muitas economias avan�adas. "O ajuste fiscal nos pa�ses avan�ados deve ocorrer com apoio ao crescimento e emprego", diz o FMI na vers�o atualizada do relat�rio "Monitor Fiscal", publicada em setembro do ano passado.
O FMI reconhece que se trata de um grande desafio. "Uma vez que os riscos para baixo aumentam, a pol�tica fiscal tem de andar num caminho estreito", afirma. "Uma consolida��o fiscal muito r�pida em 2012 poderia exacerbar os riscos para baixo", acrescenta o Fundo. Os pa�ses com espa�o fiscal, portanto, devem reconsiderar o ritmo de ajuste no curto prazo. "Mas a consolida��o fiscal no m�dio prazo continua prioridade", diz o documento.
Segundo o FMI, os d�ficits nas economias avan�adas ca�ram ao redor de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) de um modo geral, gra�as, em grande parte, aos avan�os feitos na Alemanha, onde o d�ficit recuou ao mesmo tempo em que houve resposta forte do lado de receitas e cria��o de emprego.
A Espanha tamb�m mostrou mais progresso nos ajustes fiscais, enquanto Fran�a e It�lia tiveram avan�os mais "modestos". J� na Gr�cia as autoridades devem aprovar novas medidas em rela��o � receita e aos gastos de modo a corrigir os "deslizes de suas pol�ticas".
Outras duas economias avan�adas, Estados Unidos e Jap�o, ainda precisam deixar mais claras suas estrat�gias para redu��o da d�vida no m�dio prazo, algo que o FMI j� havia alertado em 2011. No caso do Jap�o, o pa�s deve ser a �nica grande economia avan�ada a ter expans�o fiscal em 2012, mas isso por causa dos custos com a reconstru��o do pa�s ap�s os danos causados pelos terremoto e tsunami ocorridos no in�cio de 2011.