A desacelera��o do n�vel de atividade da ind�stria da constru��o nos �ltimos seis meses do ano passado est� ligada ao fato de que 2010 foi at�pico, quando registrou-se bastante crescimento, enquanto 2011 mostrou ser um ano de estabiliza��o. A afirma��o foi feita hoje (26) pelo economista da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), Danilo Garcia, ao divulgar a Sondagem da Ind�stria da Constru��o, na capital paulista.
Segundo a CNI, o n�vel de atividade da ind�stria da constru��o no pa�s ficou em 47,6 pontos em dezembro. O n�mero � menor do que o verificado em novembro (49,3 pontos). “O setor ficou um pouco mais otimista e a atividade voltou a se aproximar do que seria usual, mas ainda mostra queda na atividade e que o setor est� se adaptando ao novo cen�rio”. A pesquisa indica tamb�m que o n�vel de atividade efetivo em rela��o ao usual em dezembro ficou em 49,1 pontos, enquanto em novembro essa pontua��o foi de 47,2.
O n�mero de empregados tamb�m caiu em dezembro, ficando em 48 pontos. Em novembro (49,2), j� havia tido queda na compara��o com outubro (50,4). Segundo Garcia, o setor tem expectativa de contratar mais funcion�rios, mas n�o consegue alcan�ar o n�mero de contrata��es necess�rias devido � falta de m�o de obra qualificada, problema relatado pelos empres�rios h� pelo menos seis meses.
De acordo com a pesquisa feita entre as grandes empresas, a partir de 500 funcion�rios, 68,1% dos empres�rios apontaram a falta de trabalhador qualificado como seu principal problema. J� entre as pequenas empresas, de 20 a 99 empregados, a falta de qualifica��o foi apontada por 64,6% empres�rios como o motivo para n�o aumentar o n�mero de contrata��es.
“A falta de m�o de obra qualificada, desde que n�s levantamos a pesquisa, costuma ser o item assinalado como o principal problema das empresas. Apesar disso, ainda observamos uma expectativa no aumento do n�mero de empregados, o que mostra que o setor est� precisando contratar, mas est� com dificuldade de encontrar o trabalhador com a qualifica��o demandada para o seu servi�o”, disse o economista.
Garcia refor�ou que a expectativa para os pr�ximos seis meses � de crescimento na atividade da ind�stria da constru��o, mesmo que o n�vel de otimismo n�o fique no patamar de 2010. O indicador mostra que o otimismo dos empres�rios chegou aos 59,4 pontos quanto ao n�vel de atividade e aos 59,1 pontos, com rela��o aos novos empreendimentos e servi�os.
As melhorias s�o observadas tamb�m na situa��o financeira das empresas, que foi avaliada como satisfat�ria pela maioria dos entrevistados, situando-se em 52,1 pontos no quarto trimestre. A margem de lucro operacional ficou em 49,7 pontos e o acesso ao cr�dito em 49,2. Em compara��o ao terceiro trimestre, esses itens alcan�aram 50,0, 46,3 e 45,9 pontos respectivamente.
“Na movimenta��o financeira e margem de lucro, come�amos observar uma sens�vel melhora no quarto trimestre com rela��o ao trimestre anterior, que apresentou os piores indicadores financeiros da pesquisa”, revelou Garcia. Segundo ele, o indicador mostrou que, no terceiro trimestre, as empresas estavam insatisfeitas com a margem de lucro e que o acesso ao cr�dito tinha sido considerado dif�cil. J� no quarto trimestre, o acesso ao cr�dito continua sendo considerado dif�cil, mas houve uma boa melhora reaproximando-se da normalidade e a situa��o financeira foi considerada satisfat�ria”, observou Garcia.