Discretamente, bancos p�blicos turbinaram a concess�o de cr�dito no fim do ano passado. Diante das medidas do governo para incentivar os empr�stimos como forma de manter a economia aquecida - como a redu��o do juro desde agosto e a revers�o das amarras aos financiamentos em novembro, o total de opera��es de cr�dito dos bancos p�blicos cresceu 4% em dezembro na compara��o com novembro e acumulou alta de 7,7% no �ltimo trimestre de 2011. A evolu��o � muito superior � observada nos privados.
Dados do Banco Central (BC) mostram que o total de empr�stimos cresceu apenas 0,6% em dezembro nos bancos privados nacionais e avan�ou 2% nos estrangeiros. Na compara��o trimestral, as opera��es cresceram 2,4% nos privados nacionais e 4,9% nos estrangeiros.
Apesar dos n�meros mostrarem diferen�a no comportamento de institui��es como o Banco do Brasil e a Caixa Econ�mica Federal com o restante do mercado, o chefe do departamento econ�mico do BC, T�lio Maciel, disse que ainda n�o � poss�vel observar um comportamento distinto dos bancos p�blicos, como o observado em 2008 e 2009. "N�o temos relatos de que os bancos p�blicos tenham apresentado um desempenho muito diferenciado. Parte da carteira desses bancos sempre cresce mais porque h� muito cr�dito habitacional".
Mas mesmo quando s�o exclu�das as opera��es para o segmento habitacional, h� grande diferen�a. Nas opera��es exclusivas para pessoas f�sicas, por exemplo, a carteira de cr�dito dos bancos p�blicos cresceu 2,6% em dezembro e 10,5% no trimestre. A taxa � bastante superior � expans�o mensal de 0,3% e trimestral de 1,9% nos concorrentes privados nacionais. Nos estrangeiros, o cr�dito � pessoa f�sica cresceu 1,5% no m�s e 4,2% no trimestre.