O Ministro das Rela��es Exteriores brasileiro, Antonio Patriota, minimizou nesta sexta-feira a aus�ncia da presidente Dilma no F�rum Econ�mico Mundial. Dilma preferiu ir ao F�rum Social de Porto Alegre e, em seguida, viajar para Cuba, mas disse que o Brasil est� "bastante presente" em Davos. "H� grande interesse no que temos a dizer", disse o ministro a rep�rteres em um hotel em Davos.
"Este � um momento em que o Brasil � indicado como uma grande for�a no campo da economia global", disse Patriota, que acredita que n�o deve haver nenhuma necessidade, como no passado, de convencer os l�deres mundiais da for�a da economia brasileira e da import�ncia que assumiu o gigante sul-americano no cen�rio geopol�tico mundial.
Segundo Patriota, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, mentor pol�tico da atual presidente, deu os alicerces para essa consolida��o da economia brasileira nos oito anos que permaneceu no poder. O modelo econ�mico do Brasil, que combinou uma pol�tica social com a de mercado e permitiu tirar milh�es da pobreza nos �ltimos anos, tem servido muitas vezes como um exemplo.
"Cada Estado encontra o seu caminho", lembrou Patriota, que disse que "os fundamentalismos est�o desacreditados", mesmo na economia. Em Porto Alegre, Dilma Rousseff, que esteve em Davos na �ltima edi��o do F�rum, pediu um "novo modelo de desenvolvimento" que ligue o crescimento � cria��o de empregos, que combata a pobreza e reduza as desigualdades e que estimule um desenvolvimento sustent�vel dos recursos naturais.
A tarefa de "desenvolver novos modelos" para o capitalismo do s�culo XXI tem sido um dos principais temas discutidos no F�rum. Mesmo com o crescimento comprometido nos pa�ses desenvolvidos, particularmente na Europa, amea�ada pela recess�o e pela crise da d�vida, a economia do Brasil mostra uma for�a � prova de recess�o.
O gigante sul-americano crescer� 4% este ano, em compara��o a 3% em 2011. J� quando questionado sobre direitos humanos em Cuba, o ministro optou por permanecer em sil�ncio. "O sil�ncio pode ser para os seus ouvidos n�o para os cubanos", disse o ministro a um rep�rter. "Parece uma situa��o emergente, mas h� outras situa��es mais preocupantes, como em Guant�namo", o ministro resolvido.
A agenda de Patriota em Davos tem sido intensa. As reuni�es incluem o secret�rio-geral das Na��es Unidas, Ban Ki-moon, o magnata da inform�tica, Bill Gates, o candidato �s elei��es mexicanas favorito nas pesquisas, Enrique Pe�a Nieto, respons�veis su��os, paquistaneses, ingleses, quenianos, portugueses, ou representantes da ASEAN, um f�rum do sudeste da �sia com o qual o Brasil ter� "cada vez mais contato".
A Rio+20, confer�ncia sobre desenvolvimento sustent�vel sediada pelo Brasil de 13 a 22 de junho tamb�m t�m sido uma prioridade na agenda do ministro em Davos.