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Estado de Minas

Gr�cia tem de optar por reforma ou default, diz Alemanha


postado em 29/01/2012 19:57

O ministro das Finan�as da Alemanha, Wolfgang Sch�uble, disse em entrevista ao Wall Street Journal que a Uni�o Europeia poder� se recusar a aprovar um novo pacote de ajuda financeira � Gr�cia, obrigando o pa�s a entrar em morat�ria, a n�o ser que o governo grego conven�a a Europa de que tem como reformar o Estado e a economia.

"A Gr�cia � que precisa decidir", disse Sch�uble quando indagado sobre se a Uni�o Europeia vai ou n�o aprovar o segundo pacote de ajuda financeira para a Gr�cia, avaliado em € 130 bilh�es (US$ 172 bilh�es).

Segundo o ministro alem�o, a Europa est� "preparada para apoiar a Gr�cia" com um novo programa de cr�dito, mas ressalvou que "a n�o ser que a Gr�cia implemente decis�es necess�rias, e n�o apenas anuncie, n�o h� dinheiro que possa resolver esse problema".

"Talvez n�s e nossos parceiros tenhamos de procurar maneiras de ajudar a Gr�cia nessa tarefa dif�cil, de uma maneira ainda mais pr�xima", acrescentou Sch�uble, referindo-se aos informes de que a Alemanha quer obrigar a Gr�cia a aceitar um monitor permanente da Uni�o Europeia para acompanhar sua pol�tica fiscal, com poder de veto sobre decis�es de gastos do governo.

Resposta

Em comunicado divulgado hoje, o ministro das Finan�as da Gr�cia, Evangelos Venizelos, reagiu � proposta alem� dizendo que "pa�ses maiores" n�o deveriam for�ar a Gr�cia a "um dilema entre ajuda econ�mica e dignidade nacional".

Os persistentes d�ficits fiscais da Gr�cia significam que o pa�s est� tendo dificuldades para recuperar solv�ncia, apesar da expectativa de um acordo de reestrutura��o de d�vida com credores privados que reduziria seu d�bito com esses credores em cerca de € 100 bilh�es. Para muitos economistas, mesmo que esse acordo saia, os credores oficiais da Gr�cia, entre eles o

Fundo Monet�rio Internacional (FMI), o Banco Central Europeu (BCE) e os governos dos outros pa�ses da Uni�o Europeia, acabar�o tendo de perdoar parte da d�vida grega.

Sch�uble n�o descartou essa possibilidade. "Vamos ver como o pacote todo vai ficar", afirmou, ressalvando que o BCE � independente e tomar� sua pr�pria decis�o a respeito.

A Uni�o Europeia tem at� meados de mar�o para aprovar um novo pacote de ajuda financeira para a Gr�cia, j� que o pa�s tem um pagamento de € 14,4 bilh�es a vencer no dia 20 daquele m�s; para alguns funcion�rios da UE, esse pacote precisar� ser de cerca de € 145 bilh�es, e n�o os € 130 bilh�es discutidos (e aprovados em princ�pio) em outubro passado.

Default

A alternativa - uma morat�ria grega no fim de mar�o - poderia provocar uma nova onda de p�nico no mercado de b�nus governamentais europeus, com a amea�a de que outros pa�ses da zona do euro, como Gr�cia e Espanha, vejam as portas dos mercados de cr�dito se fecharem.

O medo desse cont�gio � a principal raz�o para a Alemanha e outros pa�ses verem um segundo pacote de ajuda � Gr�cia como um "mal menor". Mas o governo alem�o est� cada vez mais exasperado com o que v� como relut�ncia das lideran�as pol�ticas gregas em implementar novas medidas de austeridade e com a demora na implementa��o de reformas econ�micas.

Sch�uble, de 69 anos, � um veterano pol�tico conservador e o segundo mais poderoso integrante do governo da chanceler Angela Merkel. Ele � conhecido como defensor intransigente do euro e como guardi�o das contas p�blicas alem�s. Durante a entrevista ao Journal, o ministro defendeu as posi��es do governo alem�o em rela��o � Gr�cia de cr�ticas cada vez mais intensas.

Nos �ltimos dias, durante a reuni�o anual do F�rum Econ�mico Mundial em Davos (Su��a), v�rios participantes exortaram a Alemanha a relaxar sua cruzada pela austeridade fiscal a qualquer custo, a fazer mais para apoiar o crescimento econ�mico e a construir uma "rede de seguran�a" financeira maior, para assegurar aos mercados que os governos dos pa�ses da zona do euro v�o manter sua liquidez.

Sch�uble disse que a Alemanha est� fazendo o poss�vel para apoiar seu pr�prio crescimento e rejeitou as propostas por um fundo europeu de assist�ncia financeira substancialmente maior. "Na zona do euro, s� vamos reconquistar a confian�a que perdemos por meio de pol�ticas est�veis", acrescentou. Ele tamb�m disse que a atual estagna��o da economia alem� � "apenas tempor�ria". "Uma recess�o parece muito diferente do que est� acontecendo agora na Alemanha", acrescentou. As informa��es s�o da Dow Jones.

 


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