Mesmo com a explora��o do pr�-sal, a participa��o de petr�leo e derivados na matriz energ�tica brasileira deve perder espa�o na pr�xima d�cada, principalmente para derivados energ�ticos da cana de a��car e para o g�s natural, segundo o secret�rio de Planejamento e Desenvolvimento Energ�tico do Minist�rio de Minas e Energia, Altino Ventura Filho.
Petr�leo e derivados responderam por 37,8% de toda a energia usada no Pa�s em 2010. Segundo a previs�o do minist�rio, o porcentual deve ser reduzido para 30,4% em 2020, embora em n�meros absolutos o montante crescer� no per�odo. J� a participa��o de derivados de cana crescer� de 17,7% para 21,8%. E o g�s natural subir� de 10,3% para 14,4% entre 2010 e 2020. A participa��o da hidreletricidade deve recuar, de 14,1% para 12 5%, na mesma compara��o, disse.
Ventura Filho participou da cerim�nia de abertura do congresso de gera��o de energia EnerGen LatAm, realizado nesta segunda-feira no Rio. De acordo com ele, o Brasil precisa instalar 70 mil megawatts nesta d�cada, sendo que fontes hidrel�tricas, e�lica e de biomassa responder�o por 81,3% da expans�o da capacidade instalada.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energ�tica, Maur�cio Tolmasquim, destacou no evento que o Brasil � o terceiro maior emissor de CO2 do mundo, atr�s de China e Estados Unidos, embora por causa do desmatamento, e n�o da gera��o de energia. A energia, disse, responde por apenas 15% das emiss�es de gases poluentes brasileiras. "Temos emiss�es grandes, sim, mas por conta do desmatamento", disse. Descontado o desmatamento, afirma o Pa�s cai para 18º maior emissor do mundo.
Tolmasquim diz que o etanol e a hidreletricidade fazem que o Brasil tenha papel diferenciado no que concerne � matriz energ�tica e lembra que 87,2% da energia el�trica no Pa�s vem de fontes renov�veis.