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Estado de Minas

Ritmo menor para a infla��o do aluguel

O IGP-M, usado nos reajustes de contratos de loca��o no pa�s, come�a o ano com alta de 0,25%, inferior � de janeiro de 2011


postado em 31/01/2012 06:00 / atualizado em 31/01/2012 06:46

A infla��o medida em janeiro pelo �ndice Geral de Pre�os do Mercado (IGP-M) traz expectativa de pequeno al�vio para o bolso do inquilino brasileiro, que no ano passado arcou com �ndices de reajustes bem acima da alta do custo de vida no pa�s. O IGP-M, usado para balizar os contratos de aluguel, registrou eleva��o de 0,25% no primeiro m�s do ano, segundo a Funda��o Getulio Vargas (FGV). Apesar do aumento na compara��o com dezembro, quando o �ndice desacelerou fechando em defla��o de 0,12%, o percentual est� bem abaixo do registrado em janeiro de 2011, que apresentou alta de 0,79%.

A expectativa para 2012 � de que o drag�o fique um pouco mais manso do que no ano passado, quando os reajustes chegaram a atingir valores equivalentes ao dobro da infla��o. Os pre�os dos alugu�is de im�veis procurados pelas classes A e B sinalizam para a estabilidade, mas, na outra ponta, a popula��o de renda m�dia e baixa ainda deve conviver com o reajuste de contratos acima da infla��o “Para os im�veis mais caros pode haver at� mesmo defla��o em 2012. J� para a classe m�dia e baixa os pre�os devem ficar levemente acima”, observa o presidente da C�mara do Mercado Imobili�rio de Minas Gerais (CMI-MG), Ariano Cavalcanti de Paula. Segundo ele, a press�o da demanda ainda continua forte para loca��o de im�veis de valores mais baixos.

 No ano passado o IGP-M medido pela FGV fechou o ano em alta de 5% e abre janeiro registrando 4,5%, no acumulado de 12 meses. O coordenador do �ndice pela FGV, o economista Salom�o Quadros, explica que o peso das commodities, reunindo os produtos agr�colas, minerais e ainda algumas mercadorias industrializadas, varia de um ter�o a 40% na composi��o do �ndice, o que pressionou a desacelera��o em dezembro. “No fim do ano passado os pre�os das commodities ca�ram consideravelmente”, pondera.

A previs�o � de que nos pr�ximos dois meses o IGP-M siga trajet�ria de estabilidade ou at� mesmo de queda. “Se n�o houver grandes mudan�as na economia, nos pr�ximos dois meses n�o h� raz�es para um novo ciclo de infla��o”, diz Quadros. Em janeiro a alta das commodities pressionou o �ndice, j� em fevereiro a tend�ncia � de que os pre�os agr�colas tenham peso menor aliviando o peso dos produtos industriais, que n�o devem inverter trajet�ria de queda, evitando assim a alta da infla��o.

DIFICULDADE A bab� Maria Aparecida Silva n�o acompanha a varia��o do IGP-M, mas em casa percebe a press�o do �ndice. H� mais de dois meses ela e sua irm� procuram um im�vel para alugar. Sua prefer�ncia � por uma casa de dois quartos ou barrac�o na Regi�o Centro-Sul, sem custos de condom�nio. “Est� muito dif�cil encontrar uma casa. Quando achamos alguma coisa o pre�o � tr�s vezes maior do que o nosso aluguel atual. O prazo que a dona do im�vel nos deu para mudar j� acabou.” Segundo Maria Aparecida, a despesa com o novo contrato dever� consumir perto de 50% da renda familiar.

Em Belo Horizonte, o pre�o da loca��o residencial registrou alta de 10,47% no ano passado, enquanto a infla��o medida na capital mineira ficou em 7,22%. A oferta de im�veis para loca��o cresceu 32,15% em 2011 ante queda de 7,64% em 2010, segundo dados da CMI-MG, Sindicato das Empresas do Mercado Imobili�rio de Minas Gerais (Secovi-MG) e a Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas e Administrativas (Ipead), vinculado � UFMG.

No segundo semestre de 2011, apesar da queda internacional das commodities, a alta do c�mbio, que chegou a acelerar 20% no Brasil batendo na casa de R$ 1,90, provocou efeito contr�rio nos pre�os do mercado interno. Segundo Salom�o Quadros, a medida contribuiu para a acelera��o do IGP-M. “Agora os pre�os j� n�o sofrem essa press�o do c�mbio.” Outro indicativo de que a infla��o pode perder f�lego neste ano � o relat�rio Focus, no qual, pela nona semana os bancos reduziram para 5,28% a previs�o da infla��o oficial para este ano.

 

Consumidor com o p� atr�s

 

A infla��o deve ser o freio para as compras do consumidor brasileiro este ano. Foi o que mostrou �ndice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) medido pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI). Segundo a pesquisa, os brasileiros come�aram 2012 menos propensos a consumir do que estavam h� um ano, no primeiro m�s de 2011. Apesar de o indicador ter ficado praticamente est�vel nos �ltimos meses, o resultado de janeiro foi 1,5% inferior ao obtido no in�cio do ano passado.

Na compara��o com dezembro, o �ndice de expectativa do consumidor at� subiu um pouco, com varia��o positiva de 0,2%. Mas, como a pr�pria CNI destaca no documento, “o �ndice encontra-se em patamar elevado na compara��o com a s�rie hist�rica, mas o otimismo j� foi maior”.

A maior preocupa��o dos consumidores continua sendo a infla��o, com 69% dos entrevistados esperando uma alta nos pre�os nos pr�ximos meses. Foi justamente esse quesito que puxou o Inec para baixo na compara��o anual. Neste m�s, esse componente do indicador piorou 7,5% em rela��o a janeiro de 2011.

Emprego

Al�m de temer a infla��o, o brasileiro est� apreensivo com o mercado de trabalho. A expectativa dos consumidores em rela��o ao emprego ainda � 3,1% pior do que a verificada em janeiro de 2011. A CNI destaca, por�m, que essa vari�vel inverteu a tend�ncia de agravamento do pessimismo que vinha sendo registrada nos meses anteriores. De acordo com o economista da CNI, Marcelo Azevedo, o maior otimismo das pessoas com o crescimento das vagas no mercado de trabalho se deve � confian�a em que os contratos tempor�rios para as vendas de fim de ano sejam efetivados neste in�cio de ano. Da mesma forma, mesmo melhorando na compara��o com dezembro, o endividamento das fam�lias ainda � 4,4% superior ao verificado no come�o do ano passado.

As expectativas em rela��o � renda pessoal tamb�m est�o piores, 0,9% mais baixas. Dentre as diversas perguntas feitas aos entrevistados, a que obteve melhor desempenho na compara��o com janeiro de 2011 foi a que aborda a disposi��o dos consumidores em fazer compras de bens de maior valor. Mesmo com uma queda de 1,7% ante dezembro, o resultado ainda � 2,2% superior ao registrado no in�cio do ano passado. Outro indicador que melhorou foi o da avalia��o sobre a situa��o financeira do pa�s, com �ndice 1% acima ao registrado em igual per�odo de 2011. Para Azevedo, o 13º sal�rio ainda pode ter participa��o nesse maior otimismo, em rela��o � situa��o financeira e ao endividamento.


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