Ipea: rendimento do trabalho na renda nacional � menor

O resultado de 14 anos de estabilidade monet�ria, no per�odo entre 1995 e 2009, ainda expressa uma reduzida participa��o do rendimento do trabalho na renda nacional. A an�lise � do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea), que divulgou hoje o estudo "Evolu��o da parcela do rendimento do trabalho durante a recente estabilidade monet�ria". O estudo ressalta que essa reduzida participa��o do rendimento do trabalho na renda nacional permanece baixa, "apesar da recupera��o observada entre 2002 e 2009". O Ipea � uma funda��o p�blica vinculada � Secretaria de Assuntos Estrat�gicos da Presid�ncia da Rep�blica.

O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de analisar o comportamento da parcela do rendimento do trabalho na renda nacional em tr�s momentos distintos: nos anos de 1995, 2002 e 2009, explica o instituto. "Tendo por refer�ncia o per�odo recente da estabiliza��o monet�ria, que resultou da implanta��o do Plano Real, em 1994", cita o trabalho. As an�lises resultam da sistematiza��o de informa��es prim�rias geradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

O Ipea destaca que a distribui��o da renda nacional estabelece o peso relativo do conjunto dos rendimentos do trabalho no total do Produto Interno Bruto (PIB). Assim, a parcela do rendimento do trabalho indica o quanto da renda nacional � absorvida por todos aqueles que exercem as mais diversas atividades laborais assalariadas.

O estudo aponta que, entre 1995 e 2002, a participa��o do rendimento do trabalho passou de 48% para 42,4% da renda nacional, com ligeira alta depois, chegando a 43,4% em 2009. Apesar da recupera��o entre 2002 e 2009, o instituto destaca que "a participa��o do rendimento do trabalho na renda nacional encontra-se ainda 9,6% abaixo do observado em 1995, in�cio da recente estabiliza��o monet�ria no Brasil".

O estudo tamb�m apresenta dados regionalizados. Em 2009, as regi�es Sudeste (com 50,8%) e Sul (17,8%) registraram os maiores �ndices de participa��o relativa, seguidos pelo Nordeste (16,1%) Centro-Oeste (9,3%) e Norte (6,0%). Em 1995, era maior a for�a do Sudeste (56,7%), com menor peso das demais regi�es: Sul (17 6%); Nordeste (14,5%), Centro-Oeste (7,3%) e Norte (3,9%).

"O Sudeste foi a grande regi�o que decresceu continuamente sua participa��o na renda do trabalho, enquanto as demais melhoraram as suas posi��es relativas durante a estabiliza��o monet�ria", cita o estudo do Ipea. As regi�es Sudeste e Sul, juntas, ainda concentram mais de dois ter�os de toda a parcela nacional do rendimento do trabalho.