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Estado de Minas

Nova classe m�dia ser� m�o de obra mais qualificada para ind�stria, apontam Senai e FGV


postado em 08/02/2012 15:27

A chamada nova classe m�dia (com renda familiar entre R$ 1,2 mil e R$ 5,3 mil) fornecer� for�a de trabalho mais qualificada para o desenvolvimento industrial nos pr�ximos anos. A expectativa � alimentada por uma an�lise sobre a demanda por educa��o profissional divulgada hoje, em Bras�lia, pelo Servi�o Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e pela Funda��o Getulio Vargas (FGV).

De acordo com a avalia��o, baseada nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) - pesquisas mensais de emprego (PME), de 2002 a 2010, e Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad/2007) -, s�o os jovens da classe m�dia que alimentam a expans�o de quase 77% no n�mero de pessoas que declararam “frequentar” ou “ter frequentado” cursos de educa��o profissional (qualifica��o de 200 at� 400 horas, ensino m�dio t�cnico ou curso superior de tecn�logo) entre 2004 e 2010.

Em seis anos, o percentual de quem declarou forma��o em educa��o profissional passou de 14,03% para 24,81%, segundo aponta a an�lise. O maior contingente � de jovens, especialmente os adolescentes de 15 anos, que representam 10% do total de pessoas que frequentam ou frequentaram educa��o profissional. Entre as pessoas de 15 a 29 anos que declararam frequentar a educa��o profissional, o maior percentual � na classe C (8%), que tamb�m aponta a maior demanda por cursos profissionalizantes na �rea industrial.

Para o economista Marcelo Neri, do Centro de Pol�ticas Sociais da FGV, a procura dos jovens da classe C pela educa��o profissional indica que a ascens�o do estrato na �ltima d�cada ter� sustentabilidade. “N�o � sonho de uma noite ver�o”, afirma.

Para ele, n�o � poss�vel dizer que a mobilidade � movida meramente por aumento do acesso ao cr�dito e maior consumo desse segmento da popula��o. “H� claro paralelo entre a ascens�o da nova classe m�dia (ou classe C) e a profus�o de carteiras de trabalho e cursos profissionalizantes”, defende.


Na opini�o de Rafael Lucchesi, diretor de Educa��o e Tecnologia do Senai, o ingresso desses jovens dever� dar “lastro” ao crescimento do setor industrial nos pr�ximos anos. A expectativa do executivo � que os onze principais setores industriais brasileiros totalizem US$ 648 bilh�es de investimento entre 2011 e 2015. O Senai promete at� 2014 ampliar sua rede de escolas t�cnicas e cursos profissionalizantes de 2,4 milh�es de matr�culas para 4 milh�es. Para isso, contar� com empr�stimo de R$ 1,5 bilh�o do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES).

Apesar da boa perspectiva, a an�lise dos dados aponta que mais de tr�s quartos da popula��o nunca frequentou educa��o profissionalizante, quase 70% por falta de interesse. Al�m disso, a pesquisa verifica que 8% dos que iniciaram algum curso profissionalizante n�o conclu�ram. A maioria porque deixou de ter interesse pelo curso no qual estavam inscritos. Entre os que concluem, mais de 37% n�o conseguem trabalhar na �rea. Os cursos profissionalizantes no Brasil s�o oferecidos pela rede p�blica, pela rede privada, pelo Senai e por organiza��es n�o governamentais.

Na avalia��o de Marcelo Neri, a baixa procura por cursos profissionalizantes tem a ver com a falta de informa��o e a m� qualidade das escolas brasileiras. “A baixa qualidade da educa��o b�sica no Brasil influencia a demanda pela educa��o profissional”, diz o economista que assinala que a educa��o profissional resulta em um ganho m�dio de 15%.

Rafael Lucchesi lembra que cerca de 9 milh�es de alunos est�o matriculados no ensino m�dio no Brasil, mas apenas 1 milh�o faz o ensino m�dico t�cnico (complementar) e apenas 6 milh�es ingressam no n�vel superior. “Poucos pa�ses tem uma distribui��o t�o ruim para a matriz do trabalho”, ressalta.


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