Os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) da Gr�cia e de Portugal no quarto trimestre do ano passado divulgados nessa ter�a-feira mostram que os dois pa�ses est�o sentindo fortemente os efeitos das medidas de austeridade que foram for�ados a implementar em troca de assist�ncia internacional. Em consequ�ncia disso, as expectativas com rela��o ao desenvolvimento econ�mico grego e portugu�s pioraram. A Gr�cia sofreu mais, com uma queda de 7% no Produto Interno Bruto (PIB) nos tr�s �ltimos meses de 2011, enquanto Portugal teve decl�nio de 2,7%.
Agora os economistas estimam que a economia grega tenha se contra�do entre 6,7% e 6,8% no ano passado, mais do que a queda de 5,5% prevista anteriormente. Quanto a Portugal, a estimativa para 2011 � de contra��o de 1,5%, levemente abaixo da queda de 1,6% prevista pelos economistas, mas para 2012 a expectativa � de decl�nio bem maior – de 3,0%.
Se as estimativas para o PIB da Gr�cia em 2011 se confirmarem, o c�lculo atual sobre o d�ficit or�ament�rio do pa�s vai se mostrar otimista demais. A recess�o maior do que a esperada no ano passado provavelmente prejudicou a capacidade da Gr�cia de coletar receitas. Atualmente o governo grego reconhece um rombo de 2,5 bilh�es de euros no or�amento de 2011 e espera encerrar as contas com d�ficit de 9%. Mas nas �ltimas semanas autoridades t�m indicado que a defici�ncia vai ficar em torno de 9,2% do PIB.
Com rela��o a Portugal, a preocupa��o maior � este ano, que os economistas dizem que ser� o verdadeiro teste para o pa�s. O d�ficit or�ament�rio portugu�s precisa ser reduzido para 4,5% do PIB de 9,8% em 2010. Os c�lculos sobre 2011 ainda n�o foram feitos, mas as estimativas s�o de que o d�ficit tenha ficado em torno de 4% do PIB gra�as a uma medida extraordin�ria que n�o poder� ser repetida neste ano.
J� refletindo as apreens�es para o restante do ano, nessa ter�a-feira a classificadora de risco Standard & Poor’s rebaixou os ratings de cr�dito de sete institui��es financeiras de Portugal. O rebaixamento dos bancos segue o corte dos ratings de cr�dito soberano de Portugal, em 13 de janeiro. Foram rebaixados: Santander Totta (BB), Caixa Geral de Dep�sitos (BB-), Banco Comercial Portugu�s (B+), BPI (BB-), Banco Portugu�s de Investimento (BB-) e Banco Esp�rito Santo de Investimento (BB-).
Recess�o prolongada Prejudicada por pol�ticas de austeridade fiscal criadas para consertar suas finan�as e aliviar o montante de d�vida, a Gr�cia est� no quinto ano seguido de recess�o. O governo adotou mais medidas de aperto de cinto no domingo, em um esfor�o para garantir um novo pacote de empr�stimos da Uni�o Europeia e do Fundo Monet�rio Internacional (FMI). Nos valores atuais, o Produto Interno Bruto (PIB) da Gr�cia declinou para 215 bilh�es de euros no ano passado. Baseando-se em proje��es recentes, as autoridades esperam um recuo de 4% a 5% entre 2012 e 2013.
Em meio �s dificuldades financeiras, os ministros de Finan�as da Zona do Euro, o chamado Eurogrupo, cancelou nessa ter�a-feira a reuni�o marcada para esta quarta-feira para discutir o resgate financeiro � Gr�cia porque o pa�s “ainda n�o reuniu todas as condi��es” para conseguir a ajuda. O presidente do Eurogrupo e primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, afirmou em comunicado que a Gr�cia precisa determinar “uma s�rie de detalhes t�cnicos” com seus credores institucionais.