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Estado de Minas

Vendas do varejo cresceram 6,7% no pa�s e 10% em Minas em 2011

Resultados foram inferiores aos do ano anterior


postado em 15/02/2012 06:00 / atualizado em 15/02/2012 07:14

As medidas adotadas no fim de 2010 pela equipe econ�mica da presidente Dilma Rousseff para frear a oferta de cr�dito no pa�s refletiram no ritmo de compras dos brasileiros, mas n�o foram suficientes para esfriar totalmente o �nimo para o consumo. As vendas do varejo brasileiro cresceram 6,7% em 2011, abaixo do registrado no ano anterior (10,9%). J� em Minas Gerais o percentual de alta apurado no ano passado foi de 10%, superior � m�dia nacional, por�m abaixo do registrado em 2010, quando o �ndice a expans�o havia sido mais forte, de 11,4%. Os n�meros foram divulgados nessa ter�a-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

O aumento dos neg�cios do varejo em menor ritmo tanto em Minas quanto no pa�s tamb�m � justificado por outros fatores, como a alta taxa de juro de mercado, a infla��o elevada e o receio de que a crise financeira internacional chegasse com impactos maiores do lado de c� do Atl�ntico. No ano passado, segundo relat�rio do IBGE, o crescimento da renda no pa�s foi mais modesto, de 3,4%, o que tamb�m pode ter refletido na expans�o das vendas. Sem tanto dinheiro vivo no bolso, boa parte dos consumidores optou pelo pagamento a prazo. Pesquisa feita pela C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) em dezembro constatou que 64,27% dos empres�rios sondados pela entidade avaliaram que a maioria dos consumidores pagariam as compras de Natal com o cart�o de cr�dito.

A possibilidade do pagamento a prazo, apesar de aliviar a venda, pode aumentar o pre�o do produto. Por isso, muitos brasileiros est�o preferindo juntar o dinheiro para contar com as vantagens do pagamento � vista. Sabendo disso, o porteiro Francisco Leoc�dio economizou parte dos �ltimos sal�rios para comprar o sonhado aparelho de som que, nessa ter�a-feira, adquiriu numa loja no Centro da cidade. “Paguei R$ 496 � vista. Sabe quanto a loja estava pedindo? Vou lhe dizer:
R$ 599”, contou o rapaz, que economizou cerca de 18%, em raz�o de ter optado por n�o parcelar a compra. O grupo de eletrodom�sticos e m�veis, inclusive, foi o que mais cresceu em 2011 tanto no Brasil, com salto de 15,3%, quanto em Minas, com alta de 31%, segundo o IBGE. Nesse caso, o est�mulo foi do governo, que reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a chamada linha branca (fog�es, geladeiras, m�quina de lavar e tanquinhos) no fim do ano passado. A medida visou estimular a ind�stria, que reclamava de queda nas vendas.

Francisco Leocádio optou por guardar dinheiro para adquirir um som(foto: Renato Weil/EM/D.A Press)
Francisco Leoc�dio optou por guardar dinheiro para adquirir um som (foto: Renato Weil/EM/D.A Press)
A estrat�gia beneficiou os neg�cios das lojas de eletrodom�sticos em todo o pa�s. Em Minas, o setor ajudou o varejo geral a fechar dezembro com aumento de 1,6%, em rela��o ao m�s anterior. O percentual pode parecer baixo, mas est� bem acima do �ndice da m�dia nacional, que apresentou alta suave de 0,3% na mesma base de compara��o. Ainda comparando dezembro com novembro, as vendas no setor de tecidos, vestu�rio e cal�ados subiram 0,9% no pa�s. Para este ano, a estimativa do segmento � ainda maior. O subgerente da loja P� de Mulher, Anselmo Silva, conta que ao longo de 2011 as vendas foram 10% maiores do que as de 2010. “Para 2012, a estimativa � crescermos aproximadamente 20%”, revela.

Mantega ‘rema’ a favor de 4,5%

Bras�lia – Apesar do intenso tiroteio da oposi��o e de j� ter conversado com a presidente Dilma Rousseff sobre a sua poss�vel sa�da do governo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez quest�o de ressaltar nessa ter�a-feira que continua firme em suas fun��es. Ao ser questionado pelo Estado de Minas se continuar� no comando da equipe econ�mica, ele afirmou: “Vou, sim, continuar remando (a economia) como tenho remado j� h� seis anos”. E emendou: “Temos o desafio de remar contra a corrente enquanto o mundo inteiro est� desacelerando, inclusive os pa�ses emergentes”. Ele destacou ainda serem “piadas de mau gosto” as not�cias sobre seu pedido de demiss�o.

Na avalia��o de Mantega, a China, principal parceiro comercial do pa�s, ter� incremento menor neste ano do que em 2011 e o mesmo ocorrer� com a �ndia. O Brasil, no entanto, dar� um salto maior neste ano do que no anterior. “Vamos perseguir um aumento de 4,5% para o PIB (Produto Interno Bruto)”, ressaltou. Para o ministro, esse resultado � perfeitamente fact�vel. “Antes, t�nhamos dito que, se a crise fosse solucionada, o crescimento seria de 5%. Mas, se a crise persistir, o resultado ser� de 4%. Decidimos que 4,5% � uma margem adequada para perseguirmos.” Para Mantega, o Brasil tem hoje uma vantagem. “Temos um mercado interno forte.” Pelas suas contas, a economia brasileira ser� capaz de criar, neste ano, pelo menos 2,5 milh�es de vagas com carteira assinada. Tudo joga a favor do consumo. 


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