Depois dos transtornos causados pela pol�mica obra de revitaliza��o da Pra�a Diogo de Vasconcelos, mais conhecida como Pra�a da Savassi, o movimento em alguns estabelecimentos comerciais da regi�o come�a a voltar ao ritmo anterior � reforma, com tend�ncia de boa alta a partir dos pr�ximos meses. Os primeiros a sentir os bons ventos s�o donos de restaurantes, caf�s e bares que t�m alvar� da prefeitura para explorar m�sica ao vivo e espalhar mesas no novo cal�ad�o. Por outro lado, muitos lojistas ainda lamentam as perdas nas vendas, sobretudo em 2011, quando foram obrigados a dispensar funcion�rios.
A obra, iniciada em mar�o de 2011 e prevista para ser conclu�da no segundo trimestre de 2012, presentear� a regi�o com fontes de �gua e promete resgatar o charme da Savassi, cujo nome se deve a uma antiga padaria que funcionou na regi�o na d�cada de 1930. Hoje, um dos destaques do local � o tradicional Caf� 3 Cora��es, inaugurado em 1996, na esquina da Avenida Get�lio Vargas com a Rua Ant�nio de Albuquerque. O dono do estabelecimento, Francisco Miranda, que amargou perda de 40% no faturamento em raz�o da reforma, comemora a volta do p�blico.
“Gra�as a Deus retomei o movimento de antes e, com o fim da restaura��o, acredito que (o fluxo da clientela) ser� ainda melhor. Penso em ampliar o hor�rio de fechamento das 22h para as 24h e contratar cinco pessoas”, disse enquanto saboreava uma x�cara de caf�. Perto dali, num dos quarteir�es da Rua Sergipe, o movimento na cafeteria e livraria Status tamb�m come�a a voltar ao normal. O estabelecimento recebeu autoriza��o da prefeitura para colocar mesas e cadeiras no novo cal�ad�o, anteriormente rua aberta ao tr�nsito, e oferece, diariamente, m�sica ao vivo a partir das 18h.
“Criou-se um ambiente de happy hour. Inicialmente, a obra foi complicada para n�s. O movimento, agora, come�a a voltar ao normal”, avaliou Carolina Batista, funcion�ria da Status. Al�m das mesas e cadeiras colocadas pelas cafeterias e restaurantes, a pra�a tamb�m recebeu da prefeitura bancos fixos revestidos com material resistente. A instala��o do mobili�rio, por�m, foi conclu�da. Os canteiros e as fontes da pra�a tamb�m v�o demorar algumas semanas para serem finalizados.
Retorno
Depois de se afastar da pra�a em raz�o de o lugar ter se tornado um canteiro de obras, muita gente voltou a frequentar o local. Nessa ter�a-feira, os publicit�rios Daniel Burle, de 34 anos, Jefferson Miranda, de 25, Ana Dutra, de 31, e L�via Kemps, de 27, aproveitaram o hor�rio do almo�o para trocar o ambiente formal da empresa, em Nova Lima, por um alegre bate-papo na Savassi. “Belo Horizonte precisava de um ambiente como este, que lembra pra�as do exterior”, disse Jefferson.
Coincid�ncia ou n�o, quatro jovens m�sicos estrangeiros se apresentavam nessa ter�a-feira na pra�a, na hora do almo�o. “Vamos ficar dois meses no Brasil. Sei que essa pra�a est� em obra, mas est� bonita”, elogiou a holandesa Ilse Roskam, do grupo The Balcony Players, que tamb�m tem como integrantes o holand�s Montek de Leeuw, o americano Martin Masakowski e o belga Johan de Pue.
Os m�sicos se apresentaram pr�ximo � lanchonete Rococ�. A dona do local, Patr�cia Fernandes, inaugurou o ponto h� tr�s meses. “O movimento est� acima do esperado. Emprego tr�s funcion�rios e devo contratar mais tr�s”, disse.