Em dia de vencimento dos contratos futuros de �ndices e de balan�o da Vale, a Bolsa de Valores de S�o Paulo (Bovespa) segue colada no exterior, onde os principais mercados da Europa e dos Estados Unidos operam em alta. Um dos motivos para o al�vio da crise na zona do euro surge hoje da �sia, com o Banco Popular da China (PBOC, o banco central chin�s) indicando que o pa�s planeja ampliar os investimentos em euros. Al�m disso, o Produto Interno Bruto (PIB) de Alemanha e Fran�a foi melhor que o esperado, o que encoraja os investidores nesta manh�.
�s 10h40 (hor�rio de Bras�lia), o Ibovespa futuro subia 1,28%, aos 65.925 pontos. Em Nova York, onde a agenda de indicadores � carregada, o S&P futuro subia 0,71% e o Nasdaq futuro tinha alta de 0,72%. Na Europa, a Bolsa de Londres subia 0,36%, a Bolsa de Paris tinha alta de 1,24% e a Bolsa de Frankfurt avan�ava 1,34%.
Na tarde de hoje, �s 14 horas, os ministros de Finan�as da zona do euro (Eurogrupo) fazem teleconfer�ncia para discutir a libera��o do segundo pacote de ajuda � Gr�cia. Ontem, o Partido Socialista grego entregou ao governo uma carta em que assume o compromisso de cumprir as medidas previstas no plano de austeridade aprovado pelo Parlamento no fim de semana. J� o partido Nova Democracia deve se comprometer hoje com as medidas, por carta.
Este movimento pol�tico - que aumenta a confian�a na resolu��o das dificuldades da Gr�cia - � fortalecido pela China. Em evento com autoridades europeias, o presidente do PBOC, Zhou Xiaochuan, afirmou hoje que a institui��o ir� aumentar os ativos denominados em euros que possui. Segundo ele, enquanto as reservas internacionais chinesas continuam crescendo, o PBOC est� "aumentando a propor��o que � investida em euros".
Do lado negativo, cinco pa�ses da zona do euro entraram em recess�o no fim do ano passado: Holanda, It�lia, Portugal, Gr�cia e B�lgica. Essa situa��o � caracterizada quando os pa�ses registram retra��o do PIB por dois trimestres seguidos. No quarto trimestre de 2011, ante o per�odo anterior, o PIB da It�lia recuou 0,7%, contra previs�o de baixa de 0,4%. O PIB de Portugal, divulgado ontem, recuou 2,7% no per�odo, enquanto o da Gr�cia caiu 7,0%.
Mesmo assim, em leil�o realizado na manh� de hoje, Portugal vendeu um total de 3 bilh�es de euros em t�tulos da d�vida - o teto da faixa pretendida - com yields (retornos ao investidor) menores que os do leil�o anterior. Hoje, representantes da Uni�o Europeia, do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) fazem uma nova an�lise do programa de metas de Portugal.
No Brasil, a Bovespa segue influenciada pela disputa que antecede o vencimento dos contratos futuros de �ndices, hoje. No entanto, os comprados (investidores que apostaram na alta do Ibovespa) parecem ter vencido a disputa e resta aos vendidos (que apostavam na queda) que ainda n�o zeraram posi��es atuar at� o fim do preg�o. "J� est� definido. Os comprados venceram nos �ltimos dois meses. Hoje � dia dos vendidos entregarem pap�is e fazerem as rolagens para frente", afirmou um operador ouvido pela Ag�ncia Estado. "Na verdade, este vencimento de futuros pode fazer a Bovespa dar uma descolada do exterior, para o bem ou para o mal."
Entre as a��es de primeira linha, as aten��es seguem voltadas para a Petrobras, que ontem registrou perdas de 4,23% nas ON e de 4,72% nas PN. "Para a Bolsa andar, a Petrobras tamb�m precisa andar", alerta o operador. "Aparentemente, as a��es da empresa j� ca�ram muito desde a divulga��o do balan�o (na quinta-feira passada), mas � preciso esperar para ver o movimento de hoje."
Ap�s o fim do preg�o, a Vale tamb�m divulga seu balan�o, o que pode gerar ajustes mais consistentes no preg�o de amanh�. Tamb�m divulgam balan�os hoje, ap�s o fechamento da sess�o regular, Gerdau, Natura, TIM Participa��es, Ultrapar e Comg�s, entre outras empresas.
A Bovespa tamb�m observa hoje, com aten��o, os dados dos EUA. O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Nova York revela a sondagem industrial regional de fevereiro �s 11h30. J� o Tesouro divulga �s 12h15 a produ��o industrial em janeiro. �s 13 horas, sai o �ndice de confian�a das construtoras de casas em fevereiro. No fim do dia, �s 17 horas, o Fed divulga a ata de sua �ltima reuni�o.
"Os dados dos Estados Unidos v�o ajudar a manter as bolsas em alta ou a reduzir os ganhos. O mercado vai olhar principalmente os dados da ind�stria", afirma Pedro Galdi, estrategista da SLW.
Sem hor�rio definido, o governo brasileiro deve anunciar hoje o corte nas despesas or�adas para 2012. Se for atendido o desejo da presidente Dilma Rousseff, a conten��o de gastos deve ser inferior aos R$ 50,4 bilh�es de 2011. Uma cifra na casa de R$ 45 ou R$ 50 bilh�es ser� inferior ao n�mero que circulava nos escal�es t�cnicos do governo desde a aprova��o do Or�amento de 2012, no ano passado. Os c�lculos apontavam para a necessidade de contingenciar algo como R$ 60 bilh�es. A influ�ncia sobre o Ibovespa e sobre a��es de setores espec�ficos, no entanto, deve ser pequena.