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Estado de Minas

Valor do aluguel de lojas na mesma rua chega a ser at� 30% mais valorizado em BH


postado em 22/02/2012 07:46 / atualizado em 22/02/2012 07:48


Gerente da papelaria Port, Geraldo Melo diz que pela posição loja aproveita a volta do trabalho(foto: Jair Amaral/EM/D.A/Press)
Gerente da papelaria Port, Geraldo Melo diz que pela posi��o loja aproveita a volta do trabalho (foto: Jair Amaral/EM/D.A/Press)

Quem circula pelas ruas e avenidas mais movimentadas de Belo Horizonte n�o imagina que a prefer�ncia por lojas localizadas do lado esquerdo ou direito pode ser determinante para a oscila��o dos pre�os dos alugu�is de estabelecimentos comerciais da regi�o. A discrep�ncia no valor cobrado pelo metro quadrado pode chegar a 30%. Na mesma via, o custo de loca��o para o empres�rio varia de quarteir�o para quarteir�o, entre uma esquina e outra e at� mesmo se o neg�cio est� no sentido de sa�da do bairro com destino ao Centro da cidade ou contr�rio a ele.

Dono de duas lojas na Avenida Brasil, Ewerton Starling reconhece que a diferen�a de cobran�a pesa nos neg�cios. “Na mesma altura da avenida tenho de um lado a Arquibancada, de material esportivo, e do outro a Lanches Mais, de alimenta��o. A diferen�a no valor do aluguel chega a 20%”, calcula. No com�rcio posicionado do lado direito de quem circula na Avenida Brasil no sentido da Pra�a da Liberdade, o metro quadrado custa R$ 80, enquanto no sentido do Bairro Santa Efig�nia cai para cerca de R$ 65. “O dono do im�vel garante que de um lado passam mais pessoas, tem mais com�rcio e at� um ponto de t�xi, que ajudaria no movimento da loja”, afirma Ewerton.

Mas o fluxo de pedestres n�o � a �nica justificativa para a oscila��o de pre�os. Segundo o diretor-presidente da imobili�ria Lar Im�veis Luiz Ant�nio Rodrigues, nas principais ruas que d�o acesso aos bairros, o lado direito de quem chega � regi�o � sempre mais valorizado. “De manh�, quando as pessoas est�o saindo para o trabalho, n�o v�o parar para fazer supermercado ou ir � farm�cia. Mas � tarde, quando retornam, est�o mais propensas a parar”, observa. N�o � por acaso que unidades comerciais instaladas do lado direito de quem entra no bairro ou at� de quem entra na cidade chegam a pagar aluguel entre 25% e 30% superior �queles que se posicionam no sentido oposto.

“No mesmo endere�o uma loja pode pagar R$ 10 mil de um lado e, na mesma altura da rua ou da avenida, outro com�rcio pagar R$ 7,5 mil s� por estar do outro lado”, explica Luiz Ant�nio. O fen�meno acontece em vias de grande import�ncia da capital como a Avenida M�rio Werneck, no Buritis, Cristiano Machado, na Regi�o Leste, e Presidente Carlos Luz, mais conhecida como Catal�o, na Regi�o Noroeste.

At� na Avenida Afonso Pena, uma das mais importantes da cidade, a diferen�a � uma realidade enfrentada pelos comerciantes. Obregon Carvalho J�nior � propriet�rio de tr�s unidades do Feira Shop na avenida e garante que o lado direito de quem sobe em dire��o ao Bairro Mangabeiras � mais valorizado. Tanto � que duas lojas foram montadas neste sentido e a outra no lado contr�rio. “O valor do im�vel comercial varia de acordo com uma s�rie de coisas, entre elas, do fluxo de consumidores”, pondera.

Al�m de o com�rcio de bens de consumo da Afonso Pena ser mais concentrado do lado direito de quem deixa a rodovi�ria, o lado oposto conta com a presen�a do Parque Municipal, que interrompe o fluxo de quem pretende ir �s compras. “Sem contar que tem muitos estabelecimentos voltados para servi�os do lado de l�, como financeiras e operadoras de telefonia”, acrescenta Obregon.

Disputa Apesar da supervaloriza��o que afeta um lado da rua em detrimento do outro, o propriet�rio da Adbens Im�veis, Carlos Frederico Castro, garante que a disputa pelo sentido de maior fluxo � grande. “Se tem loja vazia, aluga rapidamente, enquanto do outro a dificuldade de aluguel � maior. A pr�pria demanda ajuda a fazer o pre�o praticado pelo mercado”, pondera.

Gerente de marketing da papelaria Port Geraldo Melo acrescenta: “As pessoas s�o naturalmente destras e t�m uma certa predisposi��o a olhar para o lado direito da rua. Al�m disso, o que posso programar para fazer, programo para a volta do trabalho”, explica. Geraldo observa que a tend�ncia n�o � regra em v�rios casos os dois lados s�o igualmente valorizados. Se n�o levado em conta na instala��o da loja, o detalhe pode significar o fracasso do neg�cio, que pode estar posicionado a poucos metros do quarteir�o em que estaria garantida sua prosperidade.


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