Os consumidores est�o mais confiantes, mas ainda n�o voltaram a consumir. Em fevereiro, houve uma preocupa��o maior em quitar as d�vidas e poupar, do que gastar com bens dur�veis, de acordo com a Sondagem de Expectativas do Consumidor, divulgada pela Funda��o Get�lio Vargas. "Todas as vari�veis est�o acima da media hist�rica, menos a avalia��o para a compra de bens dur�veis. E a tend�ncia � de queda", apontou a coordenadora da Sondagem do Consumidor, Viviane Seda Bittencourt. "H� um descasamento em compra de bens dur�veis."
O �ndice de Confian�a do Consumidor (ICC) subiu 2,9% na passagem de janeiro para fevereiro. A perspectiva para compra de bens dur�veis atingiu 79,8 pontos, abaixo da m�dia hist�rica de 83,7 pontos. Nem a rodada de incentivos, como a redu��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodom�sticos da linha branca - como fog�o, m�quinas de lavar e geladeiras - foi suficiente para estimular os consumidores a irem �s compras.
Na sondagem, o Indicador de Poupan�a aumentou 6,8% em fevereiro ante janeiro, para 110,5 pontos, o segundo maior n�vel da s�rie hist�rica, iniciada em setembro de 2005. Enquanto isso, o Indicador para Compras de Bens Dur�veis aumentou apenas 2,2%, para 79,8 pontos, o menor patamar desde maio de 2009. "Dessa maneira, a gente pode concluir que aumentou mais o �mpeto de poupar. Ent�o a poupan�a est� mais favor�vel, aumentando mais do que a compra de bens dur�veis", notou a pesquisadora da FGV.
Entre os entrevistados na sondagem, 23,4% est�o dizendo que est�o poupando; 12,9% disseram que est�o endividando-se; e 63,7% afirmaram estar em situa��o equilibrada. Em rela��o � compra de bens dur�veis, 17,8% se disseram estar com expectativa maior; 38 0% declararam perspectiva menor; e 44,2% afirmaram ter a mesma perspectiva de janeiro.